Sempre tive medo do escuro, algo no conceito me engolia a coragem
e ainda sim, eu poderia ficar de olhos fechados, por tempo indeterminado,
apenas para me pôr mais perto da sua imagem.
O medo continua ali, mas com uma nova forma - um novo tom.
Pois quando o escuro das pálpebras cobre minha visão,
não é minha coragem que é engolida - não tenho medo da imersão.
É uma antecipação tão contida que só ganha vida
nessa escuridão.
E se eu for honesta, algo está mudado.
É a claridade que me tem assustado ultimamente,
não por medo da verdade - na realidade,
o que me assusta realmente, é que mesmo de olho aberto,
sem ter que procurar você dentro da minha mente,
acho você em todo lado. Do céu claro e Sol cegante,
como numa praia lotada que só tinha a gente,
ao céu escuro e Lua brilhante,
como numa noite de verão que nos beijamos incessantemente.
Enxergo você em todo canto.
Sua imagem me persegue, sua memória me assombra,
você se faz presente mesmo no cotidiano
e eu pela primeira vez não fujo,
pelo contrário,
é tudo que busco.
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                        Autor:    
     
	Carolina Gouveia (Pseudónimo (
 Offline) - Publicado: 1 de novembro de 2025 12:42
 - Comentário do autor sobre o poema: Poema escrito em Junho de 2025, Lisboa-PT
 - Categoria: Amor
 - Visualizações: 5
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