Eu o amo de verdade?
Olha... acredito que sim.  
Acho que, se eu te perdesse, eu ficaria mal.  
Uma das coisas que aprendi com a vida  
é que só percebo que amo quando perco.  
É na ausência que o valor se revela,  
e a dor da perda, somada à saudade da presença,  
é o que me atormenta.  
Outra forma de saber  
é quando me pego reparando traços  
de quem amo ou de quem me importa.  
Vejo os detalhes do sorriso,  
até o jeito como os olhos se curvam.  
Mas, sinceramente,  
não gosto muito do que reparo em você.  
E por isso me pergunto:  
será que eu o amo?  
A sociedade diz que eu deveria te amar.  
Mas eu não sei se quero.  
Não sei se queimo ao te olhar.  
Não que eu escolha quem amar...  
mas acho que você não me ama,  
nem zela por mim.  
E por isso, parte de mim  
não quer te amar.  
É errado da minha parte?  
Sujo pensar isso de alguém do meu sangue?  
Talvez eu só tenha me perdido  
na confusão da nossa conexão.
Talvez amar não seja só sentir,
mas também escolher  mesmo quando o vínculo pesa,
mesmo quando o afeto não é recíproco.
Talvez amar seja aceitar que nem todo laço é leve,
que nem todo sangue é abrigo,
e que às vezes, o amor que falta no outro
nos ensina a cuidar mais de nós.
Se eu o amo?
Talvez.
Mas talvez eu esteja aprendendo
que o amor também pode ser silêncio,
distância,
e libertação.
- 
                        Autor:    
     
	Mandi (
 Offline) - Publicado: 31 de outubro de 2025 11:07
 - Categoria: Amor
 - Visualizações: 6
 - Usuários favoritos deste poema: Arthur Santos, Yves de Sá
 

 Offline)
			
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