Do abismo para a falsa glória,
do devaneio perpétuo, imaculado, régio do pensamento.
Falsa conquista para a derrota —
para tanto esforço da carne tão desgastada e ferida,
que não há piedade, e sim dor,
na qual todos os dias cedo é humilhada e atingida
de forma tormentosa,
presa da dúvida ou da maldade da humilhação alheia.
Os dias passam,
e mais amargurada, cada vez mais dolorida,
não se sabe o que é conforto,
a tal tranquilidade.
E a coceira desgastante na região dos olhos,
onde os cílios penetram e não saem —
com o dedo frenético coça até ficar com carne viva.
Não há tranquilidade.
Fim da humanidade, da sanidade e da estabilidade.
Dor. Dor. Dor.
Anda, arranca a paz,
esmagada está a carne.
Dor. Dor. Dor.
A tortura é a verdade.
Sai, sai, sai!
Não existe tranquilidade —
somente a dor interminável.
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Autor:
Thomas Vasconcellos Ivanov (
Offline) - Publicado: 31 de outubro de 2025 09:44
- Categoria: Não classificado
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