Bolando planos pra fazer o presente melhor
Boy sabe, eu não tenho dó
Que nem tarzan
De cipó em cipó
De prima
Deixo só o pó
Batendo mais que o popó
Eu sou cão de briga,
Nananão sou totó
Eu só preciso da faísca, chame dominó
Oh...
Eu domino
De caneta o dominío
Esses são meus dominios
Quando eu acordo cedo, aos domingos
É pra relembrar que o retro é melhor
Retroceder é a chave
Se retrocede a mentalidade, enriquece
Diminui o suor
E emburrece o país
Hoje não é mais sobre pensar, e sim sobre enriquecer quem faz
E falar muito, mas não dizer nada demais
Todos andam fragmentados
Cada personalidade um ponto de vista
Não importa se já tem resposta, na pergunta insista
Quem realmente é você
Através das vistas,
Através das vastas mascaras da vida?
Entre as linhas não lidas
Dessas rimas que elas tipo as primas da brumas
Difíceis de entender,
Mas se 'cê notar, não tem como ter dúvidas
A escravidão no brasil, continua
E a bala que não é sete belo, continua voando solta na rua
Tem dois tipos do hiphop
O do carrão e droga
E o que se importa em recontar a história
Redefinir história
Esses pretos que eram pra ter a glória
Mas só a tem nas memórias
Nessas horas
A bala raspa na boca
E você não rima, 'cê ora
Tem quem rima poucas
E tem quem rima em boas linhas
Mas são fantasmas
E não aparecem nem na dedicatória
Mistura esse molotov com a caneta e é pocas
Porque sabe que isso é pra anotar em lousas
Por quê essas moças estão a lavar as louças
Mudas, de toucas,
E ainda taxadas de loucas
Sabe muito bem quem é estatística
Quem vira estatística
Mas quantas vão pros gráficos
Quantas têm relevância nas listas?
E quantas minas que acabam indo pra polo “lístrada”
Seja a luz você quer ver no mundo
Então toma essa explosão
As balas abalam senhoras
E hablam com as dores
A bala abala
Nóis habla sobre senhoras
Mas sem orar
Sem horas marcadas
Senhora!
Cuidado, a bala abala
E você não aguenta hablar
Se 'cê não orar
Se 'cê não olhar
Não reparar
Até parece um país justo
Mas 23 minutos é muito pouco
3 mortes em uma hora
Embora eu me sinta um debulhador
Debulhando dores alheias
Burlando notas
Minha melodia é em sintonia
Com o som dos gritos
Com o som dos ritos
Como sons distintintos
Como canetas que pintam
Milhões de memórias
Sabe que meu nível é triplo
Para!!
Já passou da cota
Obviamente a mídia é machista
Apoiada pelos corruptos em cima do púlpito
Gente como eu, homens brancos
Que têm estudo pra fazer o povo estúpido
Eu tenho é estudos pra fazer nos estúdios
Eu escrevo em sonhos lúcidos
Por isso ideias tão utópicas
E quantos desses mundos que eu criei,
Não eram filhas das putas,
Mas sim dos putos
Isso é o puro suco do atrevimento
Eu quero quebrar por dentro
Esse sistema opressor
E não sinto culpa, obviamente é o melhor
Eu não sou senhor
Não me chame assim
Não achem que eu sou um querubim
Por quê ajudar? Porque sim
Pra compensar o que não fizeram comigo, mas fizeram com eles
Os portugueses hoje chegam de avião
É que em 1500, eles só tinham embarcação
Trouxeram doenças,armas,chicotes, espelho
O que ficou aqui? Até hoje chacota, violência e medo
Eram guerras dentro de guerras
Sem batalha pra resolver
As rimas eram sempre na bala
Prá prá prá prá
Europeu pegava em abundância
A gente só se perguntava: por quê?
Por que mataram nossos ancestrais?
“Sinceramente europa…”
Vai se foder
Com suas senhoras higienizadas sem poder falar
Vão se foder
Com suas toneladas de ouro roubado
Vai se foder
Com as histórias mal contadas nos livros, até hoje
Vão se foder
Vocês que trouxeram o ruim, o podre
Vai se foder
Com suas senhoras higienizadas sem poder falar
Vão se foder
Com suas toneladas de ouro roubado
Vai se foder
Com as histórias mal contadas nos livros, até hoje
Vão se foder
Vocês que trouxeram o ruim, o podre
O leite azedou, árvore caiu
Camarão? Morreu
O ouro? Sumiu…
Não deixaram nada
E até hoje, nos enchem de vazio
Deixaram o coração oco
E quando o europeu chegou,
O povo subiu
“Seus filhos dos puto!”
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Autor:
ghalego (
Offline) - Publicado: 29 de outubro de 2025 18:32
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 4
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