ENTRE ABRAÇOS E PUNHAIS
São úteis ao corpo os braços
Em suas extremidades
Os dedos sensíveis
Deslizam no dorso os abraços
E no peito os desejos invisíveis.
Em longos suspiros
Quem dera fossem afiados punhais
Tais quais as presas de sangenários vampiros
Se entrelaçam em laços mortais.
Os carinhos não lhes fogem dos dedos
E o riso nos lábios se estende
O abraço não finge quaisquer medos
Porque o punhal entre eles já se prende.
Peito a peito se irmanam abraçados
Mas as costas desconhecem a intenção
Pois é nela que pontiagudos e afiados
Neste abraço faz sangrar o coração.
O abraço tinge a alma de ternura
E o corpo espectro dos mortais
Se expõe ao opróbio da loucura
E a infâmia dos punhais!
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Autor:
Carlos (Pseudónimo (
Offline) - Publicado: 28 de outubro de 2025 10:09
- Categoria: Não classificado
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