O Brilho Que Inventei em Ti

Anya

Me atraiu o que vi,

e de tonta, caí.

Tudo não passava de uma fachada.

 

Diz-me, lua,

por que as lembranças não se vão?

As memórias que tenho de você

insistem em ficar.

 

Que falso cavalheiro foste —

és como uma pintura mentirosa,

onde as manchas se disfarçam de beleza,

mas jamais se transformam em arte.

 

E eu, tola sonhadora,

ainda procuro nas sombras

o brilho que inventei em ti.

 

A lua me observa calada,

talvez saiba que amar assim

é dançar com o eco do que não existe.

 

Mas sigo —

porque até as ilusões

têm sua beleza breve,

e é dela que eu ainda respiro.



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