Meu coração dói, meus olhos libertam as lagrimas, meu cérebro aperta minha alma como uma laranja. Meu ser se entristece com tudo e mais um pouco, em apenas um segundo, tudo acabou para mim.
Observo o céu e sua cor eu perdi, observo ao meu redor, e nada mais faz sentindo, me pergunto se ainda vale a pena viver. Tudo a minha volta parece tão estranho, mas o que de fato me levou a me afogar na tão profunda depressão?!
Caso um dia fostes para uma faculdade, lutasse por 4 anos. Pelo dia, agonizava na luta para pagar a conta de todo mês e de noite o sono também cobrava o seu preço. E assim foi estes 4 anos, pagando a minha tristeza, pagando a minha morte, o que é estranho, pois ninguém deveria pagar sua morte.
Em um domingo qualquer, obrigado a fazer uma prova que custaria seus 4 anos de sangue e luta...eliminado por apenas um “pip” da hora de seu relógio (que aliás estava confinado em um saco cinza), estava apenas seguindo sua natureza, que é marcar a hora.
Será que um relógio simples e modesto seria capaz de me passar a resposta de 80 questões em um único “pip”? Será que ele seria capaz de me dizer o que por na redação? Bom, foi isso que a fiscal de sala pensou.
E enquanto me dirigiam a guilhotina, a minha vida passava pelos meus olhos; cada centavo gasto, cada segundo desperdiçado, cada noite em claro. O tempo me maltratava, pois ele se recusava a acabar logo com aquele sofrimento e injustiça.
Em meros 20min, o sonho dos meus pais, o meu sonho, o sonho da família e até das almas dos meus parentes mortos, foi tudo levado pela violência do vento, e o que me restou foi apenas a tristeza.
Em uma sala fria eu fui posto, e ao chegar à coordenadora, ela solta a guilhotina violentamente, “ELIMINADO” ... a lâmina afiada corta minha cabeça, e tudo que eu ouço é “eliminado, eliminado, eliminado”, meus olhos se fecham, e me entrego a escuridão, ela me acolhe como uma mãe acolhe seu filho, e tudo que me restou foi apenas uma caneta preta, e o relógio que marcava as horas.
Por fim, 4 anos de guerra, só me levaram a uma execução. “tudo foi em vão”, penso eu, e nada eu ganhei....
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Autor:
091 (Pseudónimo (
Offline) - Publicado: 27 de outubro de 2025 09:22
- Comentário do autor sobre o poema: Dedico este poema a mim mesmo, pela prova feita no dia (26/10/2025), no qual fui eliminado pelo marcar de horas do meu relógio.
- Categoria: Conto
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Offline)
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