Minha mente meu fôlego

Amorpoemas

? O Beijo da Solidão

 

Meu corpo nunca mais foi o mesmo depois de ser beijado pela solidão.

Ela chegou como um vento frio e silencioso, tocando-me por inteiro, sem pedir permissão — e, ainda assim, deixando uma marca eterna. Foi nesse toque invisível que compreendi: há dores que não ferem, apenas despertam.

 

Fui triunfada pelo acaso da sapiência vitalícia — essa sabedoria que não vem dos livros, mas das quedas e dos silêncios que o tempo impõe. Aprendi que conhecer é muito mais do que pensar; é sentir o peso e a leveza de existir em plenitude.

 

No reflexo do espelho, deixei de procurar apenas uma aparência. Passei a enxergar a história que o corpo carrega: as cicatrizes que contam, os gestos que gritam, o respirar que insiste. Entendi, enfim, que o físico é a morada da alma, e que honrar essa casa é também um ato de amor próprio.

 

Hoje, abraço cada parte de mim com a ternura de quem sabe que a mente é o mapa, mas o corpo é o território onde a vida acontece.

E nesse reencontro, renasço — inteira, consciente e viva. ?

 

?

— Sandra Marisa Albuquerque

  • Autor: Amorpoemas (Offline Offline)
  • Publicado: 23 de outubro de 2025 15:11
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 5
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