Sois o tempo inesperado,
Que habita nos mares inimagináveis,
E faz o riso parecer feitiço, e nisso,
A consagração da existência eleva-se.
Os sussurros enigmáticos da brisa,
A fada argentina a bailar além do véu,
Este que cai ao chão e eu o procuro,
Tentando ver no teu rosto nu, a beleza do olhar.
Pois tudo o que eu escrevo, exala-te!
E o firmamento da terra venera-te em pétalas,
Que cobrem seu corpo, dando-te o perfume das flores,
E quando deparo-me, já estou num lugar desconhecido.
Sim, deve ser algum recanto do paraíso,
A qual não sei direito o que é, mas,
Mostra a epifania do que é eterno,
E nele, se pode admirá-la em constância.
E assim, sou o Orfeu seu,
E sois minha Eurídice.
No qual corro sem parar,
Somente para encontrá-la.
Trazê-la de volta de onde estiver,
Mas, não quero ter que mirar para trás,
E perceber que já não estás lá, e que,
Por questão de segundos, tudo se fora.
Entorpeces-me os sentidos,
E já sou encharcado de ti mesma.
Sendo, doravante, devorado, ó Ale,
Como se tocasse-me em espírito,
Perpetuando-se em mim dia após dia,
Vivendo também em sonhos intensos,
Ora aquietando-me, ora agitando-me,
Entre lábios que testemunham-nos.
Poema n.3.256/ n.127 de 2025.
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                        Autor:    
     
	RICARDO OLIVEIRA (Pseudónimo (
 Offline) - Publicado: 22 de outubro de 2025 11:38
 - Categoria: Amor
 - Visualizações: 3
 

 Offline)
			
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