Sinta o cheiro forte, do álcool e da erva do lado de fora
A maioria deles tem vício em algo
Acha que a realidade é uma maravilha?
Então por que tenta sempre fugir dela?
Tem um cemitério com o meu nome
Lá eu sou o próprio porteiro
Cada lápide há uma versão minha
A maioria delas já não existe não mais
Sua garganta arranha a cada batida do coração
Um espetáculo, acontece de dentro para fora
E sim, quem é você mesmo?
Eu já me esqueci de tudo o que lembrava
Sinta saudades, sinta tudo e mais um pouco
E canalize tudo isso em um pote, só o êxtase
Engatilhado no primeiro pecado, você saiu disparando em todo o lugar
Para se sentir completo, alguém que você não é
Vou continuar ligado, funcionando, entre chipes e cabos elétricos
Aquele que se olhou no espelho tantas vezes
Estou esperando novamente, na frente do meu cemitério...
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