Mas quem foi Páris?
Nunca foi um Deus grego, e nunca fêmea
Pois macho, filho de Priáno e Hecuba
Foi um brigão, roubou a queridinha chamada Helena
Eis que nasce a Ilidia que Homero sem fazer nada, resolveu escrever.
Prova que desde o mundo é mundo, existe safadeza.
E depois, a tribo dos Parisios que margeavam o Senna,
Elevou a cidade, que logo se perpetuou Paris.
A cidade do luxo, poder e riqueza, que vos apresento.
Em cento e cinquenta dias vividos em Paris,
Meu caro leitor, este poema desvairado,
Foi um sonho vivido na cidade mais linda do mundo,
E com as palavras, a viagem escrita para comemorar, a vida.
Beba desde cálice parisiense, e depois Paris te espera,
Para vivê-la intensamente, vá.
São tuas ruas, Paris
As culpadas que preenchem minha memória
São teus caminhos que me levam de um sonho, vive-las.
São tuas escadarias, Paris
Estradas que me levam ao conhecimento
Sob as pedras de tuas calçadas deixo as marcas de minha caminhada.
Paris única, Paris bela, Paris triunfante!
Paris, tuas ruas são filmes eternos entre o antigo e o moderno,
Sob tuas águas Paris me batizo na fonte da cultura,
São teus museus Paris que percorro vendo a arte me transformar como ser humano.
As tuas ruas são plurais do verbo viajar e do verbo viver,
Paris, minha cidade amante,
Agora é eu e tuas ruas, me guie.
Que sempre seja este eterno palácio acolhedor de quem lhe admirar,
Assim como eu sonhei um dia, realizei.
A ti, meus humildes versos de exaltação que fez nascer em mim
Minha alma parisiense.
Entre escadas e estátuas peladas sem quantia.
Fiz uma volta ao mundo em cinco horas!
Passei pelo Egito e desci para a Grécia,
Na Itália renascentista Monalisa sorriu para mim e num olhar sarcástico disse: Até que enfim, vieste!
Depois fui para a Asia, África, Espanha e Estados Unidos
E só depois voltei para o Brasil
Com a mala cheia de roupa suja e uma mente carregada de cultura.
A principal bagagem de um piolho de museu.
Paris, abra as portas que o mundo precisa te ver!
E haveria de ter em toda cidade um Louvre.
E retornar: Sempre, sempre e sempre que puder.
E ainda nem vi tudo! Ah, claro é o maior museu do mundo.
Essa cidade me tira do sério,
bendito foi quem criou Paris.
Paris, haveria de ser verbo, é mais que perfeita,
cada canto que ando, é uma lembrança que a memória ama.
A palavra tem poder e se cumpre,
a palavra inunda, honra e eleva,
Eis a função do poeta.
Essa cidade é uma loucura, cada gosto pela cultura
Cada gente com sua alma, sua roupa, seu sorriso,
Cada alma, uma raça, nego, pobre, branco e rico,
De metro pra cima e pra baixo,
Cada um no seu embalo, sua correria, sua sorte,
Tem mendigo pra todo lado,
Branco, negro e árabe,
Tem gente tocando violino no metro, sanfona no saguão,
Cidade oca por dentro, passa trem, carro e barco,
E nos campos Elísios Santos Dumont pousou o n.9
Invalides, brilha tua cúpula, dourada feita a lua,
E em concorde onde a história aconteceu,
Decapitou os Reis do apogeu
Luís e Maria Antonieta, perderam as cabeças.
Cidade luz, onde o moderno desfila com o antigo,
Os séculos deixaram rasto em cada lugar, em cada museu.
Sentar na grama pra dormir ou pra conversar com amigos,
Usar a roupa que quiser,
Falar no metro com fone de ouvido,
Usar passe navigo para metro, trem e bus,
É a coisa mais normal,
Os piq-nics nos gramados verdes repletos por toda cidade,
Dá a sensação de liberdade.
Seja segunda, terça ou domingo,
Aqui parece que todo dia é final de semana.
Paris é moda de todo turista.
Cada lugar tem sua peculiaridade,
Mas a cidade luz transborda luxo e vaidade.
Se quiser ver a cidade panorâmica
Visite o terraço da galeria Lafayette,
Suba no Arco do Triunfo ou na Torre Eiffel,
Ande de barco no rio Senna, tome limonada, como Baba au Rhum
Senta num bar peça uma cerveja,
Não vá ao balcão, o garçom vai a mesa,
E ao sair Merci! Não seja mal educado,
Esbarrou, diz: Pardon Madame ou Messieurs.
E para dar licença: Exceume-Moi.
O bom mesmo é caminhar pela Champs Elysees
Como se não houvesse amanhã,
Se achar como se fosse rico e desfilar,
Paris é de todos e todas, Paris é do mundo, Paris é fenomenal!
Paris é a poesia visual que os olhos leem e ama profundamente
Um amor platônico sobrenatural.
Suas passagens secretas guardam segredo,
Suas galerias é uma pura magia,
Abril é um mês lindo, a primavera toma conta,
As tulipas são uma graça e dão um show de belezas por toda cidade.
Cidade que viu Dom Pedro II falecer e Santos Dumont voar
Tuas igrejas guardam relíquias,
Notre Dame ressurgiu as cinzas,
Saint-Denis guarda os reis da França
E as outras os santos incorruptos que incomoda a ciência.
Visitei mais de vinte igrejas, cada uma com sua arquitetura de acordo com a história.
Paris, a cidade de arvores quadradas, retas, que fazem parte da arquitetura triunfal desta cidade,
O Grand Palais marcou minha vida,
Foi meu segundo festival literário na Europa,
Encontrei até com Maria Fernanda Candido
Depois com Itamar Vieira Junior.
Ah, se não fosse a palavra, o verso a rima,
Paris é poesia em cada esquina.
Vi os fogos na Torre Eiffel, era 14 de julho dia da Bastilha
Aviões cortaram o céu de Paris,
A esquadrilha da fumaça com as cores da bandeira,
Lá estava eu no Jardim do Louvre assistindo o espetáculo.
Parecia que eu um cidadão parisiense nascido nestas terras napoleônicas.
Saudei Napoleão no seu panteão, a cúpula de invalides
No Panteão saudei Alexandre Dumas e Marie Curie,
também Victor Hugo e Voltaire.
O pêndulo de Foucault avisou: a terra está girando!
Aqui em Paris se vive a história escancarada,
Parece que o tempo nem passou...
Ah, estatuas por todo canto nesta cidade, digna de toda cidade que preserva sua memória.
Charles de Gaulle, Napoleão, Churchill e outros,
O que mais me indagou: Não encontrei Macrón para pedir um emprego no governo.
Caminhei pelas ruas de Paris, como se não houvesse o amanhã,
Cada virada de esquina uma paisagem diferente,
Um olhar diferente, muito sabem ver, mas admirar é para poucos,
Acredito que nasci com esse dom.
A cidade é uma ruina moderna de ontem e hoje,
Se cruzam com os apaixonados,
A margem do Sena,
Concretos e almas fazem Paris ser viva e alegre,
E abraça quem chega,
Esta cidade é um verdadeiro vicio,
Para quem ama cultura e arte e vida.
Há sempre de voltar quem por ela apaixona,
Ao contempla-la, pela primeira vez,
E aos apaixonados e drogados,
Dos cafés e do luxo,
Paris sabe ser única, metida e enzibida,
Não há outra capaz de imita-la,
Paris é imortal.
E assim caminho por estas ruas na sensação de que um dia aqui ter vivido eras passadas.
Do nada, some dos meus sonhos, e passa a ser meu cotidiano,
Mergulho no metro,
E navego em seus mundos, de cada esquina,
Sua gente,
Como queira,
Como és,
Livre e desimpedida,
Eu ria por dentro das madames bronzeando nos parques,
Cidade que um dia foram a gloria de seus reis e rainhas,
Paris, cidade luz,
Ouso em escrever a sua alma, a minha alma
Que perambulou pelos seus caminhos,
E a ti não foi por acaso,
Temos um caso de amor antigo,
Paris, não te desejo, agora eu vivo em ti
Depois de afogar em tuas águas triunfantes de cultura,
De tuas fontes ousadas e belas.
O céu azul de Paris é riscado de giz branco,
Entre o interno e o externo vidas se cruzam,
O dia é uma eternidade, és primavera,
E como as tulipas esperam ansiosas para florirem,
Assim foi eu, ao pisar nestas terras.
Quero o charme eterno de suas ruas,
A delicadeza de seus parques,
O perfume de tuas rosas.
A correria de tua gente,
Bate forte o coração do jovem viajante,
Que aprendeu amar Paris, de longe e de perto,
Onde sempre queres voltar...
Eu caminhava entre salões e a arte me banhava com mel e luxuria,
Quando avistei ela, batizou-me
Enfim, cheguei a Paris,
Monalisa desejou-me as boas-vindas,
Aquele sorriso secreto, abriu-me outro sorriso,
O Louvre é um mundo de arte sem fim,
Que meus olhos se encantaram.
E aquela dama misteriosa emoldurada a sete chaves,
Foi amor à primeira vista.
Na Normandia, o monte Saint Michel
Em cima do monte apontando para o céu
Em um sonho ao vigário, apareceu são Miguel.
Saint-Malo a fortaleza medieval,
Caminhei pelos seus muros, dei de cara com o sol,
Entardecia, as ondas do mar na areia da praia, me benzia.
Sob a caravela, ousei e lembrei de Colombo,
Abre a porta dos seus mares, preciso realizar meus sonhos,
Caravela que cruza mares, cruzou também meu coração.
Visitar os confrades que já passaram por esta terra,
Seja homenageá-los por serem grandes vultos das letras e das artes
Eugene Delacroix,
Oscar Wilde,
Honoré de Balzac,
Chopin,
La Fontaine,
Proust.
Eu caminhava pelo Père Lachaise e lá os encontrei,
No sono eterno da imortalidade.
Lugar que faz refletir a vida: A vida é nada, nada se leva, tudo se vive, tudo é lembrança, vira saudade.
Paris, é a terra que cada um faz a sua moda,
Aqui se vê de tudo, ouve todas as línguas,
Do branco ao africano, do pobre e do rico,
Cada um do seu jeito,
Cada um no seu estilo,
E ninguém tá nem aí, se está feio ou bonito,
Deixem a beleza para Paris, o resto é resto,
Tire sua foto e seja feliz,
Cada esquina, cada rua, cada distrito,
Tem sua magia a ser descoberta,
Da mais bela forma possível,
Uma pose, uma foto,
É a memória que permanece viva na mente e na galeria do celular.
Tome seu café e sinta o ar parisiense,
É o desejo de todo viajante enlouquente.
Quero as noites estreladas,
onde no infinito do universo vaga minha imaginação,
Quero a praia, a casa ou o mar e deitar e olhar para o céu
E do tamanho de suas galáxias
Navegar pelo sonho de ser,
de ter de conquistar o que desejo.
Quero sempre as noites estreladas,
Não precisa ser em Ródano,
Pode ser na minha casa mesmo, no jardim,
Admirar com meus olhos de poeta,
A mais bela arte do mundo que Deus fez pra mim, a natureza.
Quero sempre as noites estreladas,
Quero sempre os dias tranquilos,
Quero o sol da manhã e despertar,
Para que faça pensar o homem e a esperanças a crianças.
As telas de Van Gogh me diziam...
O vasto campo verde de arvores robustas e de copas altas,
As pessoas se reuniam, na tarde de domingo,
Confraternizar.
Tirei foto e postei nas redes,
Até o povo enjoar, eu curtia cada rua da cidade,
Fotografa cada rua, igreja, museu, praça e monumento,
Quem me acompanhou pelo Instagram,
Viveu um pouco de Paris, se soube apreciar,
Mas a emoção de ver de perto é única,
Desejo que todos tenham a oportunidade de conhecer,
Essa fabulosa cidade luz, mais chique do planeta.
O som fino dos infantes, a correr pra lado e outro,
Como graias a cantar para o céu límpido francês.
Duas velhas e um senhor fofocavam num banco ao lado,
Riam, do que falavam?
Fazia um calor insuportável, a morena deitada na grama,
Bronzeava seu corpo estrutural da cor do pecado,
Mas o som do vento,
Que tocava as flores, era profundo como a solidão.
Cada um no seu tempo, na sua alegria,
Os esportistas caminhavam,
mas o mais engraçado que no banco solitário, só eu estava sentado,
Escrevendo o que meus olhos viam,
No parque Legião de Honra do meu bairro de Saint-Denis.
Tomando Coca-Cola, percebi que não era somente eu que observa o verde da floresta de Saint-Denis.
Havia um negão em cima do banco com um ramo na mão se benzendo.
Um homem sentado de cabeça pendida pra frente, dormia,
Era pinga ou droga,
pensa num país fumante!
Ah, se a poesia não for o cotidiano vivido,
Eu nunca vou entender, quem sabe sou inútil,
Que escreve em público!
Paris, é uma cidade leitora, o povo lê,
Lê nos parques
Lê nos metros,
Lê nas praças,
O francês sempre carrega um livro na mão,
Como toda aventura tem um final,
Deixar Paris, não com saudade, mas com a certeza,
Que um dia voltarei... Ah se voltarei,
E se quiser saber mais, leem as páginas do meu diário.
Foram 150 dias mais extraordinários vividos
Banhado de cultura, quase um deus do olimpo parisiense.
Bebi e me droguei e louco fiquei e quero ficar,
Para sempre do cálice cultural francês,
Pois quem vive Paris, nunca deixará de ser parisiense,
E se alguém te oferecer está droga,
Aceite, é doce e extravagante
A magia da cultura.
E o dia que entrei no Museu D´orsay
Eu conversava com as obras de artes naquela infinidade de arte,
Que os olhos embaralhavam:
Na minha ilusão eu descrevia os quadros:
___Ah, o marinheiro, avista a terra com seu barco, tua casa teu mar, onde levas tuas ondas? Ondes pensa que irá? Esse foi Krogh.
___Aquela mulher vestida de preto deitada sobre a cadeira de praia em seu quarto, o livro sobre o colo, ela olhava para o nada e navegava na solidão do pensamento.
___As crianças órfãs, num dia frio em Paris, proletárias e pobres querendo leite e pão de porta em porta, pois em Paris há quem passa fome e sede.
___Na imensidão do sertão seis juntas de bois seguiam o candeeiro a frente, para onde iam?
___A moça parou de tocar piano e virou o rosto, perguntou: Quem és tu que me fotografa?
___No escritório, na mesma em que escrevia, a pausa, fundamental, pensava no próximo capítulo da história.
___Aquele moço de terno azul que dançava com a moça de vestido branco e flores vermelhas, beijava seu rosto no jardim de Tuilerie, culpa de Renoir.
___Eu sou aquele moço de terno preto e chapéu que na janela olha o horizonte sem fim.
___Eu perguntei a Coubert: Porque pintou uma perereca tão cabeluda daquele jeito?
___O moço e as duas damas na janela olhavam o proletariado na varanda de casa ou era o dono flor e suas duas amadas.
___As morenas são as mulatas do Brasil, quem as pintou não pensou nas francesas!
___Foi uma grande festa, o Baile em Paris.
___Aquele moço que posou para Van Gogh observa o salão lotado.
___Eu vi Van Gogh, tiramos um retrato.
___A moça cansada de colher, sob a mão no rosto, sentada no chão, lamentava mentalmente o dia que se iniciava, ao fundo o sol nascia, pés no chão, pobre, cansada da batalha.
___Só a palha seca da lavoura, um casal de camponeses dormia era fim de tarde, Van Gogh lhes deu o descanso eterno.
___Chamou a moça para dançar disfarçado, ela imaginava: Sim ou não!
___Pessoas caminhavam sob o clarão a lua, era um anoite funda...
___Desde a pintura, Etrétat continua paradisíaca! Os barcos a margem da praia de pedras redondas e suas falésias esculpidas pela natureza, um fascínio.
___Nenhuma obra tem Deus! Mas ele estava comigo o tempo todo,
___Na ala esquerda, a imagem da virgem Maria e os anjos em volta.
___Maria Madalena olhava a hóstia! Não ela via o próprio Cristo, isso já era o suficiente.
___E o Brasil de Arruda, estava entre os grandes! Viva o Brasil! Viva a Amazonia!
A todos os pintores que vi neste museu que mudou a minha vida,
Saudações.
Essa história jamais poderia deixar de entrar,
Nesta minha louca odisseia de viajante,
Pois este dia rendeu milhões de gargalhadas,
Reservei para irmos a casa do Macron, o presidente
Eu e minha mãe, lá fomos,
Numa ansiedade para entrar no palácio,
A policia informou-nos, que a reserva era um engano,
Que o museu era apenas três salas, com fotos, um arreio de cavalo e a mesa do presidente.
Ficamos incrédulos,
Se mamãe tivesse perdido trabalho para ver apenas isto,
Eu estava frito! Resultado:
Voltou rindo de raiva para casa, dois iludidos.
Foi divertido, da mesma forma que o poeta escreve brincando com as palavras.
Paris, é um poema sólido,
Que se traduz com o coração.
Seguindo nesta paixão ardente de um viajante de alma parisiense
Enquanto isso em Paris,
Eu fiquei com as calças rasgadas,
Ah por causa de uma fotografia, nos arcos olímpicos,
No meio, no miolinho,
De frente a Torre Eiffel,
Credo em cruz que quase fiquei pelado.
Mas também tinha hora se eu não sabia
Se estava na França ou na China
Com tanto olho puxado para todo lado,
Como diz o português: Raça canina.
De cinquenta franceses, trinta e oito era chines, japonês,
Turistas preenchiam a praça do Trocadero,
Milhares de fotos clicadas em todo momento,
Eu pedia qualquer um para me fotografar com meu celular
Mas as vezes as pessoas rejeitavam, com medo,
Mas a maioria era a raça do japonês.
Se um viajante não ter história para contar,
Não vale a pena viajar,
Porque quem viaja, é um grande contador de histórias.
Paris, é toda flor,
Paris é completamente,
Infinitamente,
Deslumbrante,
Mas se tivesse pequi, pamonha e caju
Ai nem um poema eu escreveria,
Ninguém me tiraria de Paris tão facilmente.
O forró do francês é o CAN, CAN, CAN,
O Moulin Rouge, antigo cabaré
Hoje é só uma casa de espetáculos,
Mas antes, uma putaria danada que tomava conta dos parisienses sem vergonha.
E assim ficou famoso,
Como o puteiro mais famoso do mundo.
Enquanto isso em Paris,
Eu desbravava seu caracol e seus arrodisement
Os setores, de cabo a rabo.
Mas eu digo com atenção,
Para conhecer Paris é “perna pra quem tem”
Nunca vi tanta escada pra subir e descer,
Em Montmartre deve ser o lugar com mais escadas do mundo,
Ah não ser que pague taxi!
Eu desbravei tudo no pé, a não ser as viagens para fora,
Enquanto isso em Paris,
Os casais apaixonados conversam deitados nos gramados,
E nos bancos dos parques.
No Jardim de Tuilerie, vi a Pira Olímpica levantar voo,
Um imenso balão fixo nos ares,
Era de tarde, abertura do verão,
O pôr do sol incendiava a cidade,
Nas cores amarelas e alaranjado,
Brilhava como as chamas ardentes
Como aquelas que atearam em Roma.
Enquanto isso em Paris,
Nas ruas se viam os ratos, mas faz parte da cultura local,
Mas em Paris, os indianos vendem milho assado,
Gritando: Maichou, maichou, maichou!
Que significa milho em francês,
Mas eu não comi.
Na época das flores
Exalam perfumes pelo ar,
Meu jardim de Tuilerie,
Inspiram-se em Jacques- Louis David
Pintor que apaixonei em Paris,
Suas copas de arvores quadradas
É o charme da cidade luz.
Toda arte ali se mistura,
Cada pintor no seu compasso,
E seu tempo.
E mesmo que o tempo passe,
Ali ficou tudo para ser apreciado,
Porque a arte é eterna.
O poder do ser humano, o mais nobre
É deixar seu legado, para ser lembrado,
Os pintores não são bobos...
Paris, bela,
Paris, Triunfante,
Paris.
Sinto saudade de seus trens, que forma o compasso
Dos meus “rolês”
Bebendo café, vendo arte em toda parte,
Nos museus e tetos das igrejas,
Ah se meus olhos falassem, de tanta coisa que viu,
Apreciou,
Amou,
Chorou,
De emoção.
Paris é não é um lugar para ser vista,
Mas para ser amada,
E não é de atoa,
Ser a cidade do amor.
E cruzando as pontes do mundo,
De carro, barco e avião,
O mundo é para ser descoberto,
Para os corajosos de plantão,
Que arrisca em querer ver o novo,
E aprender principalmente,
Que tudo que vem para nós,
É para servir de lição,
E Paris não foi diferente,
Um banho de cultura que muda a vida de qualquer gente,
Como se nadasse num imenso rio de mel e chocolate,
Mas o Senna é imenso, povo até banhou,
Despoluíram o rio, depois de quase 100 anos,
Eu sentado a orla do Senna,
Vendo sua gente caminhando,
Namorando,
Passeando,
Navegando,
Indo e vindo,
E eu lá,
Olhava tudo como um bom observador.
Que vontade de gritar:
____Nunca me tirem daqui!
Como toda viagem tem um começo e um fim,
E em todo lugar tem corrupção,
Os covardes policiais tomaram me ultimo din din
E assim retornei as terras onde um dia, chegou Dom João,
Pode até chama-lo de rei fujão,
Mas o mais altamente corajoso,
Que domou Napoleão.
Como não vivemos sem o ar, para respirar,
Como não vivemos sem leite, café e pão,
Cada um tem sua crença, fé e religião,
Como pode o homem viver sem cultura?
Enfim, meu caro leitor
Te entrego esta minha Odisseia e Ilíada
De uma vida vivida no reino da Belle époque
Nesta cidade mais foda do universo,
E eu creio que Deus existe,
Porque Paris existe,
Eu vi, vivi e senti tudo,
E minha alma triunfa de saudade,
Mas com o coração cheio de um sonho,
Altamente,
Grandemente,
Maravilhosamente,
Bem vivido.
Mas um dia, ah se não,
Voltarei.
Combinei com Voltaire,
Foi épico, e estes versos á francesa,
Devorem sem moderação,
au revoir, madame e monsieur.
Se Paris sem Matheus, já era boa,
Com Matheus, ficou, sem dúvida, uma festa de arromba.
Saint Denis - Paris, de abril a agosto de 2025.
-
Autor:
Matheus Nunes (
Offline)
- Publicado: 20 de outubro de 2025 13:37
- Categoria: Carta
- Visualizações: 4
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Comentários1
Parabéns, Matheus!
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