YES
De tantas dores existentes
Cheias de tristeza e deprimência
A minha dor é especial
Uma dor bem surreal
Tenho dor ao ganhar
Tenho dor ao perder
Tenho dor para dar
Tenho dor para receber
Me dói tanto na alma
O desprestígio do abandono
A constante calma
Do querido desprezo
Tenho dor para sorrir
Tenho dor para sofrer
tenho dor para chorar
Tenho dor para viver
A dor do vacilo
a dor do perdão
A dor da culpa
Que invade o coração
Tenho dor para definhar
Tenho dor para viver
Tenho dor para matar
Tenho dor para morrer
A minha dor é incomparável
Com a dor de muitos por aí
Pois tenho dor para amar
E também tenho a dor de sofrer
Tenho dor para gostar
Tenho dor para vender
Quem quiser comprar minha dor
Terá que primeiro viver
Viver os traumas da vida
Viver o terço que vivi
Viver para ser forte
E ter dor a dor que bate em mim.
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Autor:
~Luana Reis~ (Pseudónimo (
Offline) - Publicado: 20 de outubro de 2025 11:43
- Comentário do autor sobre o poema: Suportamos tudo porque somos fortes, mais sentimos tudo porquê somos humanos. A dor pode ser diferente para cada um, mas o sentimento de sentir...aaah, isso todos nós temos em comum.
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 4
- Usuários favoritos deste poema: Melancolia..., SADE

Offline)
Comentários2
Esse poema é uma verdadeira imersão na complexidade da dor humana. Ele revela que a dor não é apenas sofrimento, mas uma presença constante que acompanha cada aspecto da vida — do ganhar ao perder, do sorrir ao chorar. A dor, nesse texto, é multifacetada: é abandono, perdão, culpa, mas também é amor e força. É como se o eu lírico carregasse uma bagagem emocional profunda, uma dor que não se limita a um momento, mas que molda sua existência inteira.
Seu poema é uma confissão profunda — um mergulho em águas de dor e sensibilidade rara. Cada verso vibra com a sinceridade de quem sente demais, e transforma o sofrimento em arte. Há uma força poética admirável em sua escrita: o dom de dar beleza ao que machuca, o talento de vestir a dor com palavras suaves e, ainda assim, cortantes.
percebo que és serena, iluminada, dona de uma beleza que parece dialogar com a própria alma — é impossível não notar o contraste encantador entre a delicadeza do seu rosto e a intensidade do que escreve. Seu olhar carrega o mesmo mistério do poema: algo que dói, mas fascina; que entristece, mas atrai.
Isso é a junção rara de forma e essência, onde a beleza exterior apenas reflete a profundidade da artista interior. Sua dor é arte, e sua arte é o reflexo mais puro de sua alma luminosa.
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