Eu tentei escrever sobre você um milhão de vezes
Tentei deixar você o mais próximo possível de mim
Mesmo que você nem estivesse mais na cidade
Nem no mesmo ponto de ônibus esquecendo o guarda-chuva.
Mas querendo ou não escrevi sobre você mais do que eu acho que vou escrever pra outra outra pessoa
Penso que fiquei o tempo todo tendo uma visão de alguém de foraAlguém narrou tudo, e assistiu depois marcando o que não fazer
Sinto que que nunca vou me despedir de você direito, que vou sempre arrumar uma desculpa pra ressignificar você
Vou sempre dar novos significados para abafar todos os erros que você cometeu, pra não lembrar do teu maldito ego amargo
Eu não te amo, e você me usou por um bom tempo
Fui tão descartada como os papéis de balas você jogava em mim no tédio
Pensei por um bom tempo que você dizia meu nome de uma forma que ninguém nunca diria igual
E pensando bem agora, talvez ninguém nunca diga realmente, o que me trás um conforto inesplicavel
Nunca mais quero que você diga meu nome
Nunca mais quero que você segure minha mão como segurou uma unica vez
Não quero outro de você
Não quero que você me leve para teus jogos mentais estupidos
Não quero mais você
Adeus de novo.
-
Autor:
brunasales (
Offline)
- Publicado: 29 de agosto de 2020 04:14
- Comentário do autor sobre o poema: Só mais um adeus pra alguém escrito.
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 16
- Usuários favoritos deste poema: Luiz Rossini
Comentários1
Despedidas que se transformam em poesia. Belo e reflexivo. Tenha um ótimo dia
Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.