Jeca Tatu

Raquel Ordones

Pobre caboclo; morava no mato.

De fato, numa absoluta pobreza.

Magreza da mulher, nada no prato,

Retrato dos filhos: fome e tristeza.

 

Moleza do Jeca? Não, era doente.

indigente: de cócoras, pitando;

Soltando fumaças e tão descrente.

A mente e o corpo vão se atrofiando.

 

Pousando ali, um doutor o examinou.

Tratou-o e curou; e tornou fazendeiro.

Dinheiro em sobra; a saúde voltou.

 

Endireitou a prole; disposição.

Cigarrão de palha e a pinga: largou.

Matou de vez o bicho do amarelão.

 

Raquel Ordones #ordonismo #raqueleie

 

  • Autor: Raquel Ordones (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 16 de outubro de 2025 20:46
  • Categoria: Surrealista
  • Visualizações: 8


Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.