No Balançar do vento, o corpo se cura

Eliete Souza



Ali, no balançar do vento
e ao som de instrumentos,
corpos balançavam, moviam-se
de um lado para o outro,
em momentos de embriaguez.

Lágrimas escorrem pelo rosto,
tecidos se movimentam no ar,
onde braços decidem o destino —
hora leves e em círculos,
hora em gestos pesados,
carregados de sentimentos.

No abraçar do próprio corpo,
as emoções se afloram,
corações pulsando em ritmo acelerado
e corpos a extravasar.

Alguns minutos em que o tempo
parecia desacelerar.

A calma,
a paz,
o cheiro da vida se expande,
e o fluir das águas
vem limpar
o que ainda estava a sobrecarregar.

                           Eliete Souza

  • Autor: Eliete Souza (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 12 de outubro de 2025 21:03
  • Categoria: Reflexão
  • Visualizações: 13


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