Sucumbo a esse tempo de armadilhas,
a essas nostalgias, melancolias e desventuras.
Ah, esses dias frios! Esses momentos...
Tanta iniquidade, intolerância e despedidas.
A vida é isso?
Todos esses atropelos, essas injustiças?
Quantos corpos em Gaza, quanto absurdo...
Sucumbo a esses cenários hostis, insanos.
Hoje amanheci divagando sobre a vida.
Minhas reflexões me levaram a esta janela,
a este mergulho em águas profundas.
Rumino diante dessas angústias e sombras.
Ah, como o tempo passa e tudo se repete!
Dançam em minha memória, meus amores.
Minha velhice atroz aproxima-me da morte...
O que antes florescia, agora é caos, silêncio.
Sucumbo, sem lamento, nem fantasia, medito.
Sorvo meus últimos momentos nessas manhãs,
manhãs confidentes que amanheço sem queixas.
Recordações confusas invadem meu cansaço.
Busco nesses resquícios de tristeza, uma ponte.
Quero e não posso atenuar minhas noites frias.
Minhas monotonias dormem em algum canto,
em algum canto, um vago tédio acaricia-me.
Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.