À noite, quando o silêncio se agiganta,
o coração insiste em correr sem destino.
Troco de lado na cama, como se o frio fosse embora,
ligo a televisão só para não ouvir o barulho de mim.
Te inventei tantas vezes nas sombras,
misturei o que foi real com o que sonhei,
e, no reflexo do espelho, encontro teus olhos
mesmo quando já não estão ali.
A maldade do tempo tentou nos apagar,
mas há coisas que ele não consegue tocar.
Entre segredos que deixei escapar
e palavras que calei,
o amor ficou, intacto,
como se esperasse que um dia eu voltasse
para buscá-lo.
E enquanto não durmo,
o telefone pesa na minha mão,
não pela falta de coragem,
mas pelo medo de te chamar
e o tempo atender no seu lugar.
8 out 2025 (17:05)
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Autor:
Melancolia... (
Offline) - Publicado: 8 de outubro de 2025 16:05
- Comentário do autor sobre o poema: Sobre uma música...
- Categoria: Ocasião especial
- Visualizações: 9
- Usuários favoritos deste poema: Melancolia...

Offline)
Comentários1
A poesia e a melancolia são tocantes.
Bem profundo igual ao teu comentário.
Abraços.
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