Olhos fechados, respiração densa
Pupilas escuras, olhar fechado e sério
Consegue ver? Consegue entender?
Não deixo nada transparecer
Não vai poder ler, nem tentar reproduzir algo assim
Simples, prático, antipático, traumático, assintomático
E eu vejo o seu rosto, que diz tudo sobre você
Agora, você vai me empurrar para longe ou deixar a conexão?
Eu sou o vento cortante da navalha
Eu sou o seu frio na espinha num choque térmico
Aquele que estará de guarda em qualquer lugar
Aquele que estará sendo o seu escudo no escuro
E dentro de mim, há algo que não consigo entender
Uma vontade, um desejo, por algo que faça escorrer meu sangue
E quando não estou fazendo algo, começo a acumular
Rachando aos poucos, uma paciência gigante tem limite
E o que poderia fazer? Vou ir aos poucos soltando
Sou aquele que está de olho na presa
Sim, tenho alguns caninos afiados, mas, não significa que vou morder...

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