Me reconheço nos teus olhos,
pupilas que dilatam em uma sincronia quase perfeita.
Enlaço-me nos teus cabelos,
e o teu cheiro me inebria.
São instantes que nascem no abraço,
quando teus braços ultrapassam meu corpo
e fazem do tempo uma pausa.
O relógio silencia,
um suspiro de alívio ecoa,
e a firmeza com que me seguras
me transforma em casa — tua e minha, ao mesmo tempo.
Ali, tudo ao redor desaparece,
acolhendo apenas nós dois.
Depois, nos afastamos,
e como quem retorna à realidade,
voltamos a ser duas vidas.
Fica, porém, a beleza do olhar:
um encontro tímido, quase secreto,
que sussurra baixinho:
“continuo a ser sua”.
Eliete Souza
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Autor:
Eliete Souza (Pseudónimo (
Offline)
- Publicado: 27 de setembro de 2025 17:33
- Comentário do autor sobre o poema: Significa a reprodução de um momento especial ocorrido entre mim e outra pessoa.
- Categoria: Amor
- Visualizações: 14
- Usuários favoritos deste poema: SADE
Comentários1
Um escrito tênue e encantador! Adorei ler!
Abraços
Grata!!
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