A menina que parava,
só pra cheirar as flores,
hoje semeia poesia
com perfume de amores. Tinha um mundo correndo ao redor,
mas ela em passos lentos
sabia que a beleza mora
nos pequenos movimentos. Não era só flor
era raiz, era brisa,
era jardim caminhante
de alma leve e precisa. Cresceu.
Virou mulher com alma de botão.
Desabrochou versos no peito,
teceu jardins com a mão. E agora escreve com perfume,
com delicadeza no olhar.
O que antes ela colhia em silêncio,
hoje faz o mundo escutar. Porque a menina em estado de flor
nunca deixou de existir…
Ela só aprendeu a regar
o que há de mais lindo em Mih. ??
_ Alsenoi Miranda ?
-
Autor:
Mih Narim (
Offline) - Publicado: 23 de setembro de 2025 22:27
- Comentário do autor sobre o poema: Esse poema... Nasceu da menina que ainda mora em mim. Escrevi como quem rega lembranças, como quem transforma silêncio em flor Se ele tocar você, talvez seja porque também há pétalas guardadas aí.???
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 26
- Usuários favoritos deste poema: Melancolia...
Offline)
Comentários2
Seu poema é um jardim em palavras. Dá pra sentir o perfume e a delicadeza em cada verso, como se a menina ainda estivesse dentro da gente. Talvez porque, assim como as flores, essa 'menina' pode até murchar, mas nunca morre, só espera encontrar algo que a faça florescer novamente, assim como a poesia floresce dentro de nós. Parabéns pela escrita, poeta.
Que lindo, gratidão por isso!????
Há algo de encantador em quem carrega flores na alma — mesmo quando o mundo corre apressado ao redor. Seu poema é um sussurro doce que lembra a importância da delicadeza, da presença e do florescer interno.
A menina que cheirava flores virou mulher que semeia poesia — e isso é de uma beleza imensa. Os versos trazem leveza, mas também força: há raízes profundas em cada estrofe, como se cada palavra tivesse sido colhida com o coração.
E que linda imagem final: a flor-menina ainda vive, não foi deixada para trás — apenas aprendeu a florescer de dentro pra fora, regando o que há de mais puro em “Mih”.
Um poema que não apenas se lê, mas se sente.
Você não apenas leu, você sentiu. E isso é raro. Obrigada por regar meu poema com tanta sensibilidade.?
Satisfação em apreciar uma obra-prima.
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