O que eles são sem eles? Nada!
Não passam de vazio cheio de vazio
Que nos fazem cair no profundo abismo.
Um montão de entulho
Que ocupam espaço
E lentalizam os nossos passos.
.
Para que serve o meu amor
Se a outra pessoa não valoriza?
Não serve para mais nada afinal,
É só mais uma gravidez indesejada
Que têm tudo para ser abortada.
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Ninguém merece viver de sobras
E muito menos de migalhas.
O teu amor é um sentimento a mais
Que por fome morrerá a qualquer momento
E, não se atreva a ficar abatida ou cheia de ressentimento
Porque te digo, valia muito menos.
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O que é o mar sem peixe? Rien!
Não passa de conjunto de água salgada
Que por vergonha empina o nariz
Em sinal de sua arrogante altivez
Como se isso significasse grandeza
Ou lhe fizesse membro da realeza.
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Para que serve uma árvore que nunca dá frutos?
Não serve para mais nada afinal,
Já dizia o MESTRE: "Será cortada e lançada ao fogo",
Isso retrata sua insignificância.
.
Pode até ser grande e exuberante
Mas isso não quer dizer que seja importante.
Pode até caminhar á vontade pelo palácio
Mas isso não denota que seja alteza,
Família da realeza.
O que eles são sem eles? Nada!
Não passam de sentimentos
Que podem ser engolidos por lógico pensamento,
Um conjunto de água salgada
Que por Graça sana e,
Uma árvore grande
Que por milagre serve de lugar de descanso
Para muitos que labutam de baixo deste astro
Que reluz e nos faz ver em clareza os nossos pecados.
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Autor:
Poetisa Real 🖋️👑 (Pseudónimo (
Offline)
- Publicado: 23 de setembro de 2025 07:28
- Comentário do autor sobre o poema: E se o valor não estivesse na coisa em si, mas no quanto a coisa signifique pra gente? E se parassemos de falar o que vemos e começássemos a julgar o que sentimos?
- Categoria: Reflexão
- Visualizações: 5
- Usuários favoritos deste poema: Melancolia...
Comentários1
Nossa... esse poema me tocou de um jeito diferente. Senti como se ele traduzisse exatamente aquilo que às vezes a gente sente e não consegue colocar em palavras. É duro, direto, sem floreio — e talvez por isso seja tão verdadeiro.
A parte que fala do amor que não é valorizado me pegou demais. Porque é isso mesmo: quando só um lado sente, o amor vira peso, vira dor, vira nada. E essas comparações com o mar sem peixe, com a árvore sem frutos... são fortes, mas fazem todo sentido. O que adianta algo parecer bonito por fora, se por dentro não tem essência?
Mas o que mais gostei foi o final. Mesmo depois de tanta frustração, vem essa virada... como se dissesse: "calma, ainda há esperança". A árvore que antes era inútil agora vira abrigo. Isso me lembrou que, às vezes, a gente só precisa mudar a forma de olhar pra encontrar um novo significado nas coisas — ou até em nós mesmos.
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