A Solidão surge, desnuda, em meu leito:
seios pálidos como luas fatigadas,
cintura em arabesco de serpente mansa,
e me envolve com véus de silêncio e febre.
Tento repelir-lhe os beijos febris,
mas sua língua, úmida de sombra,
lambe-me como quem reclama tributo,
sugando-me o falo em taça de marfim profano.
Eis-me cativo de sua vulva espectral,
que se abre em flores de nácar noturno;
gozo em seu ventre como escravo rendido,
sabendo que desperto — e só ela me espera.
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Autor:
Versos Discretos (
Offline)
- Publicado: 21 de setembro de 2025 08:03
- Categoria: Erótico
- Visualizações: 2
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