Como posso dizer isto se ninguém me entende?
Fugi do meu compromisso, não consigo controlar a minha mente
Algum feitiço foi lançado à minha frente
Não sei como nem porquê mas não me deixou indiferente
Olhos que não vem, um coração que não sente
Corro em vão contra a corrente
Estou perante um feitiço, logo, um perigo iminente
Isso foi lançado contra mim num momento em que eu estava carente
E paro e penso se for para sempre
Prefiro estar ausente
Nunca presente
Foi ensinado que quem não sabe aprende
Na ausência de cultura, não se surpreende
Se questiona porque a luz do conhecimento não brilha
Se todos nascemos para ser alguém que se apresenta
Se a luz do conhecimento não brilha não é porque nos faltem baterias
Se não nascemos para ser alguém é porque esse papel nos assenta tão bem
É porque a luz do conhecimento é ofuscada pelo escuro que termina
É porque nascemos para ser reféns do pensamento
Todos nós temos dias maus
Difícil é saber lidar com eles
Aqueles que muitos de nós tememos
Que se tornem modelos a seguir
O caos anda à solta
Livra-te dele
Só nos sofremos
Se não o fizermos
Como posso dizer isto se ninguém me entende?
Fugi do meu compromisso, não consigo controlar a minha mente
Algum feitiço foi lançado à minha frente
Não sei como nem porquê mas não me deixou indiferente
Olhos que não vem, um coração que não sente
Corro em vão contra a corrente
Olho á minha volta
nunca vi a imperfeição no seu esplendor
Como a que estou a ver,
espero que seja só uma visão turva
Quero acreditar que imperfeição é o menos importante
E o que o meu olhar não está longe
Tudo o que posso ver é a perfeição difícil de descrever
Descrita num brasão, toda ela nua
É mais fácil dizer do que fazer
Mas hoje nem é fácil dizer
Põe um sorriso nos lábios, não te deixes desanimar
Tens um coração que todos gostariam de ter
Tantos que adoravam inverter os papeis
Mas sendo o que são, poucos conseguem ser
E tu não me vais contradizer
Vais dizer que estou certo
Que há arestas a limar
Mas estás tão perto
Que a dificuldade é uma miragem no deserto
Ela não existe, e se existe não a consigo ver
Como posso dizer isto se ninguém me entende?
Fugi do meu compromisso, não consigo controlar a minha mente
Algum feitiço foi lançado à minha frente
Não sei como nem porquê mas não me deixou indiferente
Olhos que não vem, um coração que nao sente
Corro em vão contra a corrente
Em nome de cristo,
entrego-me ao abismo
Um cenário nunca antes visto
Mais como um terramoto
Mas é apenas uma mistura do que estou a sentir
Sei o caminho mas ainda assim estou perdido
Finjo que não vejo caminho
Sabotando o meu destino
Sou como um livro
Fácil de ler e ser lido
Não tenho esconderijos
Até porque as paredes tem ouvidos
As noticias correm a um grande velocidade
Um homem atirou-se de um penhasco
Foi o principio do fim
Se entregou na primeira oportunidade
Saiu da maldita depressão
Aquilo a que chamava vida sob pressão
Não peço perdão
Não quero qualquer aviso
Só quero agradecer do fundo do coração por me ouvirem mesmo sem razão
Como posso dizer isto se ninguém me entende?
Fugi do meu compromisso, não consigo controlar a minha mente
Algum feitiço foi lançado à minha frente
Não sei como nem porquê mas não me deixou indiferente
Olhos que não vem, um coração que não sente
Corro em vão contra a corrente
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Autor:
JOHNNY11 (
Offline)
- Publicado: 19 de setembro de 2025 10:08
- Categoria: Reflexão
- Visualizações: 3
Comentários1
Muito bom!
Abracos !
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