Putas na calçada, néon piscando em seus olhos,
perfumam mentiras, vendem corpo e riso,
pavimento quente queimando pés cansados,
prédios gargalham com o luxo que não toca ninguém.
Um sussurro de dinheiro, um toque de solidão,
urbanos passam e ignoram, mas olham, cobiçosos,
uns querem prazer, outros querem poder,
uma cidade engole sonhos e expele corpos.
Todas elas conhecem a lei da sobrevivência,
tijolos e fumaça cercam suas vidas,
tem prostitutas que dançam para não chorar,
tem prostitutas que choram para não morrer.
Aqui, a rua é bordel, igreja e tribunal,
a miséria se veste de luxo barato,
as putas são deusas e mártires do concreto,
a cidade lambe os poderosos e devora os esquecidos
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