O amor saiu de casa
e deixou bilhete no espelho
"fui arejar a alma
não sei quando volto, beijo"
Levou a mala cheia de promessas vencidas
e as meias que usava nas noites perdidas
Disse que precisava de "um tempo pra pensar"
mas seguiu direto para férias sem pestanejar
Mandou-me um postal, dizendo:
“O amor precisa de espaço
não chores, é só uma fase
talvez um fracasso”
Assinou com caneta dourada e ironia
a mesma que usava pra mentir com maestria
E cá estou eu
na rotina a dois com a solidão
a dividir o sofá e um litro de desilusão
Enquanto o amor viaja sem data pra regressar
aprendi que saudade também sabe cozinhar
Mas se um dia voltar
com ar de quem nunca partiu
vai encontrar as malas à porta
e um aviso afixado
"Coração disponível
mas vacinado
aceita amor verdadeiro
não turista disfarçado."
MAYK52
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Autor:
Gil Moura (Pseudónimo (
Offline)
- Publicado: 17 de setembro de 2025 15:13
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 5
- Usuários favoritos deste poema: Fabricio Zigante
Comentários2
Caro Gil, deixo aqui meus aplausos pelo belo poema. Esses versos finais surpreenderam!
Abraço fraterno!
Obrigado, amigo poeta Fabricio, pelo gentil comentário.
Abraço fraterno!
Gostei. Um poema um tanto brincalhão.
Boa Noite!
Obrigada amiga Leide.
Beijinhos e ótima quarta feira!
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