Entre muitos caminhos te perdi.
Entre batalhas e silêncios frios me encontrei...
Fragmentos e farpas alimentam meu desamparo,
sigo à deriva, bêbado, entre perdas e lamentos.
Assim nasceram meus cansaços e desalentos.
Assim perderam-se muitas manhãs, longa errância!
Arrasto minhas inquietações, lembranças, impaciências,
entre tédios e monotonias, gestos e angústias, me ancoro...
O que mais me alimenta é essa brisa vaga,
essa persistente brisa, meus devaneios, essa tristeza.
essa fome inevitável dos teus beijos e afagos, esse vazio.
Um vago tédio, triste, enorme e perverso me inunda.
Ah, esse outono de olhares incertos, esses crepúsculos!
Essa insana saudade do teu cheiro, dos teus abraços.
Ah, essas horas tão falsas sem tua presença febril!
Bafejava um entardecer de vento lento, tantos desejos...
Essa fome inevitável me consome nessa tarde fria.
Tenho sede nessas noites sonolentas, sem teus olhos.
Busco, não encontro. Quero, não posso. Desolo-me!
E agora? Vagueio. Não tenho esperanças, só saudade!
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Autor:
JTNery (Pseudónimo (
Offline)
- Publicado: 17 de setembro de 2025 06:27
- Categoria: Amor
- Visualizações: 3
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