E assim, entre silêncios e saudades,
Aprendi a desfolhar minha própria história:
Eras só um verso sem verdade,
E eu, a poeta da tua memória vazia e eterna...
Dá qual se negas, a te esquecer mas dentre outras verdades
Ela jamais amarará alguém igual a você
Pois a minha maior decepção foi em ter lhe amado
Ou melhor ter entregado meu coração
Ah um ser que nem mesmo, soube ou sabe compreender
Eu somente lutarei, por um alguém que me queira por inteiro
Que não me julgue, mas que me aceite mesmo cometendo erros
E assim, entre as noites de incertezas e sonhos quebrados,
Descubro que o tempo, mais que aliado, é mestre cruel,
Era só um olhar sem promessa,
E eu, perdida na ilusão de um amor que não floresceu.
Na memória que se esvai, como folhas ao vento,
Rebento em cada fragmento, buscando verdades que não encontrei.
Se o amor fosse uma promessa sincera,
Talvez eu não tivesse sido só um eco, em teus silêncios.
A dor da entrega se torna leve,
Quando compreendo que amei sem saber o limite,
E agora, só busco um abrigo onde possa ser inteira,
Onde meu ser não precise se despir de si para ser amado.
Não mais por mãos que não me entendem,
Não mais por corações que não sabem acolher,
Lutarei por um amor que seja refúgio,
Onde meus erros não sejam fardos, mas aprendizados.
E assim, em meio às perdas e desencantos,
Recordo que há um amor que nunca falha,
Maior que minhas dores e minhas quedas,
Aquele que na cruz me chamou de filha.
Em Cristo encontro o refúgio que procuro,
E o abraço que não me exige perfeição,
Pois n’Ele sou amada em verdade,
E meu coração descansa em redenção.
E assim, no entrelaço da fragilidade e da fé,
Entendo que não sou pó perdido no vento,
Mas sim raiz regada por promessas eternas.
As cicatrizes que carrego não me definem,
São apenas marcas do caminho até a luz.
E se um dia pensei que o amor era prisão,
Hoje sei que em Cristo é liberdade.
Já não busco migalhas em mãos,
Pois encontrei o pão que sacia para sempre.
Na esperança que não se apaga,
Renovo-me, floresço e sigo.
Aparentemente, sigo tentando
Viver, amar, evoluir!
Não apenas existir.
Quero ser!
*** Bela Flor ***
- Autores: Fabíola Almeida (Pseudónimo, Melancolia..., Peregrina, Gvix, Bela flor poesia
- Visível: Todos os versos
- Publicado: 10 de setembro de 2025 14:40
- Limite: 6 estrofes
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