O avesso da pele

Metamorfose

Tudo que eu tinha medo de perder, eu perdi.

E “a saudade só é bonita na poesia” (Clarice Lispector),

na vida, ela pesa como pedra na alma.

 

A tristeza é o olhar voltado para si.” (Carlo Acutis)

E ainda assim, até o avesso da minha pele

se torna resistência e força.

 

Porque viver é isso:

ficar-se o tempo todo se despedindo.” (Clarice Lispector)

Apenas uma vez, e nunca mais,

e cada adeus é uma ferida que não fecha.

 

Perdi o tempo, perdi memórias,

mas “eu tenho em mim todos os sonhos do mundo.” (Fernando Pessoa)

Sonhos que queimam,

sonhos que me erguem.

 

Um livro deve ser o machado

que quebra o mar de gelo dentro de nós.” (Franz Kafka)

E “é melhor ser infeliz e saber disso,

do que ser feliz e viver numa mentira.” (Dostoiévski)

 

No fim, descubro que

“tudo que tenho é o que não sei.” (Fernando Pessoa)

E, apesar das perdas,

apesar da dor que me atravessa,

ainda permaneço.

 

  • Autor: Metamorfose (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 7 de setembro de 2025 14:49
  • Categoria: Reflexão
  • Visualizações: 3
  • Usuários favoritos deste poema: Metamorfose


Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.