Uma vida de papel
Que pode se escrever muito,
mas se apaga também.
Rabiscos tem aos montes,
mas não foram tão bem.
Às vezes só dobramos
e guardamos no bolso.
Alguns dias desejamos
que ela seja avião
e nos leve pelo mundo todo.
Fazemos bolinhas
e jogamos em alguém,
brincadeira de mau gosto.
De fato, tem muitas ideias e planos,
porém é de um material muito frágil
e acaba rasurando.
Infelizmente, não é caderno
que se tem muitas páginas.
Quando se nasce, é em branco.
No início se faz desenhos
e não tem cara de espanto.
Quando crescer, fazemos cálculos,
é tomada por números,
com marcas de suor.
Aí apagamos tudo
e deixamos em branco.
As vezes é melhor
Desse modo deixei a preocupação em ir somando
Se eu subtrair talvez encontre resultado que estou procurando
já passei por algumas dessas fases,
por isso hoje só estou poetizando.
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Autor:
Cristão (Pseudónimo (
Offline)
- Publicado: 7 de setembro de 2025 01:39
- Categoria: Reflexão
- Visualizações: 2
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