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Me descullpe meu patrão
Por um tão grande cordel.
A revolta poetizo.
Minhas rimas faço ao léu.
Não existe cordel pequeno.
Sou aprendiz de menestrel.
Enquanto muitos se calam
Se acomodam em omissão.
O cordel é minha arma.
Minha forma de expressão.
Meu tema é a política.
Cordelizo com emoção.
Melhor já ir relaxando.
O Messias não lhe enganou.
Sempre falou e se expôs.
Em entrevistas bradou.
Nos discursos no congresso.
Ele há muito se mostrou.
Sempre contra oprimidos.
Mulher e quilombola.
Indio, gay e afins.
Pro povo nunca deu bola.
Os ricos sempre defendeu.
Para pobre só esmola.
Não pretendo ou vou aqui,
Lhe apontar o meu dedo.
Não sou nenhum guru,
ou detenho algum segredo.
Agora foi nosso voto,
que nos levou a triste enredo.
Ele cancelou o novo censo.
Para que gente contar.
Eu não sou nenhum coveiro.
Não quero de morte falar.
Se reduz a população,
o INSS vai muito lucrar.
Pegou o dinheiro previsto,
e aprovado no orçamento.
Desviou para a defesa.
Melhor comprar armamento.
Estamos em guerra afinal.
Pensou como um jumento.
Matutou o indecente.
Se morre mil por dia.
Melhor é deixar quieto.
Para que eu contaria.
Mórbida matemática.
O povo se revoltaria.
O CENSO é fundamental.
Um retrato da nação.
Serve para se conhecer,
o perfil da população.
E colocar o orçamento,
onde tem mais precisão.
O governo opta pela defesa.
Esquece da saúde.
Educação não faz parte,
de sua meta amiúde.
Ela liberta a mente,
virtude e atitude.
Vai comprar satélite,
e Amazônia acompanhar.
Mas o INPE já faz isso.
Pra que esse dinheiro gastar?
Pergunte aos militares.
Se por fora vão ganhar.
Sales, do Meio Ambiente,
quer passar a boiada.
Aproveitar o momento,
Covid em disparada,
para ajudar grileiros.
Sua pasta é uma piada.
Damares a desvairada.
Uma pastora sem noção.
Aponta sempre a vítima,
redime o vil canastrão.
Vê Jesus na Goiabeira,
nunca na pobre população.
Guedes o posto Ypiranga.
Tá longe de saber tudo.
Não controla, planeja,
nem apresenta um estudo.
Enquanto isso na crise,
os bancos papam-tudo.
Quer acabar com benefícios.
Que aos pobres favorece.
Abono, auxilio defeso,
o orçamento encarece.
Enquanto mais benesses,
pra rico ele fortalece.
Então se mil vão morrer,
por dia, e dai meu irmão.
Atualize o passaporte,
para o céu cidadão.
O dele para o inferno,
fica sempre a disposição.
Quando no céu chegar.
E for questionado,
se foi morte morrida,
ou se foi assassinado.
Lembre o que disse o Capitão:
Gripizinha ou resfriado.
Quando chegar no inferno,
O genocida Capetão.
Será bem recebido.
Pela comitiva do cão.
Que renderá homenagens.
Ao servo do rabudão.
O tinhoso satisfeito,
lhe dará belo troféu.
Desbancou Hitler e Stalin.
Mussolini deixou ao léu.
Até mesmo Gengis Khan,
para ele tirou o chapéu.
Pare de nos envergonhar.
E repórter constranger.
Encher a boca de porrada?.
Só bundão vai morrer?.
Você sempre foi atleta.
Por que vai se comover?.
Vamos formar um consenso.
E nosso pais defender.
Se concorda com isso ai.
É melhor você nem ler.
Se discorda, compartilhe.
Vamos um fogo acender.
Mesmo sem ser São João.
A fogueira vai anunciar.
Nossa enorme indignação.
Não podemos nos calar.
Vendo o império do mal.
Crescer e muito prosperar.
A luta continua.
Diz aquele antigo refrão.
Minha arma é meu cordel.
Minha mente em evolução.
Vamos caminhar juntos.
Lhe convido cidadão.
- Autor: Jessé Ojuara (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 25 de agosto de 2020 14:57
- Categoria: Sociopolítico
- Visualizações: 11
Comentários3
Tem apoio cem po cento
Tem tudo aqui descrito
Organiza que o povo dá o grito
É só marcar:quando é o melhor momento!
Boa tarde poeta da verdade verdadeira!
Vamos caminhar juntos, Jessé. Vamos gritar #ForaBolsonaro. Abraços
Bravo, caro poeta!
Seu poema é extraordinário!
Pelos seus versos, creio que me permite compartilhar, com os devidos créditos.
Vamos caminhar juntos!
Abraço
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