#Serra do #Cabugi

Francisco Claudio da Costa (Claudio Gia)

#Serra do #Cabugi

#Claudio #Gia, #Macau RN, 01/09/2025

No imenso mar, a nau singra, errante e só,
Um horizonte de água, um céu sem dó.
Nenhum sinal, só o vento a sussurrar,
O medo e a esperança a se misturar.
 
Então, um grito ecoa no convese,
Um ponto verde a desafiar o estresse.
Primeiro sinal, um vulto que se eleva,
A serra altaneira, a prometer a treva.
 
É o Cabugi, que desponta no final,
A revelar um mundo original.
A primeira vista, o toque inaugural,
Da terra prometida, o berço do Brasil.
 
Comunidades indígenas, a viver em paz,
Uma riqueza que o olhar não satisfaz.
A terra fértil, o desejo a arder,
A ganância que a paz não deixa haver.
 
Chegam os barcos, a ambição a guiar,
O litoral que logo vai sangrar.
Desmatam, devastam, sem pensar no amanhã,
E a vida nativa, a definhar em vão.
 
A beleza da terra, a se perder no mal,
A história que o Brasil não quer contar.
O ouro e a riqueza, a cegar os olhos,
E a herança da morte, a se espalhar.
 
O Cabugi, a testemunhar a dor,
A terra que foi roubada, a sangrar no chão,
A história de um povo que a guerra perdeu,
E a beleza do Cabugi, a se erguer no céu.

  • Autor: Claudio Gia (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 2 de setembro de 2025 13:05
  • Comentário do autor sobre o poema: A Serra do Cabugi é um ponto muito importante para quem navega no mar, que é vista de muito longe para quem está muitas milhas, distante da Costa da cidade de Macau, RN, pode ter sido vista pelos primeiros navegantes na costa Brasileira.
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 0


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