Me disperso do seu amor
como quem solta aos poucos
algo que um dia segurou com força demais.
Não é raiva.
Não é pressa.
É só cansaço —
de insistir em algo que não me reconhece mais.
Fui ficando longe,
mesmo estando perto.
As palavras já não se encaixavam,
e o silêncio… ah, o silêncio gritava mais alto que nós dois.
Teu amor virou lembrança
antes mesmo de virar adeus.
E eu, sem perceber,
fui me apagando no reflexo do que fomos.
Me disperso do seu amor
como bruma que se desfaz no vento,
sem barulho, sem final bonito —
só um sumir lento, doloroso, inevitável.
E se você perguntar um dia
por que acabou…
Talvez eu nem saiba responder.
Só sei que me perdi tentando te alcançar.
E agora… me encontro, indo embora.
30 ago 2025 (12:40)
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Autor:
Melancolia... (
Offline)
- Publicado: 30 de agosto de 2025 11:40
- Comentário do autor sobre o poema: Gostei desse poema. Uma pena.
- Categoria: Triste
- Visualizações: 17
- Usuários favoritos deste poema: Melancolia..., JT., Aira Lirien
Comentários2
Gostei do conteúdo, dando um pau no final.
Parece que você estava com pressa de fazer uma outra coisa, sei lá.
Não ficou bem o final.
E AGORA ME ENCONTRO INDO EMBORA.
Por que se não fosse o caminho me encontrar.
Estaria perdido até hoje.
Eu falo verdade.
Abraços JT
Sim meu amigo...
as vezes a dor nos leva a entrega dos próprios esforços.;.;.
e assim sigo...
Abraços.
Nossa, então me desculpas por que eu sei como dói uma separação.
Nos corrói por dentro.
Como que se fosse uma devassa a fragilizar.
Fugindo com o ar dos nossos pulmão.
Deixando nos com a visão embasada.
De onde sem ter para nenhum lugar fugir.
No silencio sepulcral do entorno.
Só o nosso eu a lamentar se.
Dois caminhos a se escolher.
Levantar a cabeça e mergulhar na saudade.
Ou se mostrar um verdadeiro guerreiro.
Abraçando se a danada da solidão.
Mas como que se conselhos não e de bom agouro emitido.
Seja você mesmo.
Abraços poéticos.
JT
Agradeço tudo o que dissestes,,,
Recebo como um brinde a solidão.....
Abraços poéticos...
Olá poeta, que delicadeza dolorosa! Você conseguiu transformar o fim de um amor em algo profundo, íntimo e ao mesmo tempo universal. A imagem da dispersão, como bruma que se desfaz no vento, traduz perfeitamente o esgotamento silencioso de um relacionamento. Há uma força poética enorme na forma como você mostra que o término não acontece em um único momento, mas em pequenos silêncios, em afastamentos sutis, até que a partida se torna inevitável. É belo, intenso e muito verdadeiro.
Lindo mesmo ficou este teu comentário...
Abraços poéticos...
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