Na bruma densa de um meio caminho
entre o que são e o que ainda serão
habita um grito, calado e sozinho
que não sabem de onde veio...ou porquê
O peito é um campo de guerra e de flores
um caos vestido em roupa de festa
sonhos que brilham, medos, rancores
onde tudo pulsa, tudo protesta
Ouvem mil vozes dentro da cabeça
cada qual diz: “vem por aqui"
mas se seguem uma, a outra começa
e as duvidas surgem, dentro de si
Querem ser livres
mas buscam um abrigo
querem ser fortes
mas há choro escondido
Querem o silêncio
mas vivem de ruídos
querem o amor
mas andam perdidos
E mesmo perdidos
continuam a andar
com passos incertos
mas fome de amar
Eles sabem…
só não sabem explicar
que há mais dentro deles
do que apenas sonhar.
MAYK52
-
Autor:
Gil Moura (Pseudónimo (
Offline)
- Publicado: 28 de agosto de 2025 21:57
- Comentário do autor sobre o poema: Este poema, é uma breve divagação sobre a inquietude existencial dos adolescentes, e a procura da sua identidade.
- Categoria: Reflexão
- Visualizações: 6
- Usuários favoritos deste poema: Edla Marinho
Comentários1
Amigo poeta, é assim mesmo. Eles sabem tudo e nada...tem vários caminhos mas não chegam a algum lugar...
Alguns, infelizmente, não conseguem " deixar" a adolescência e mesmo em idade adulta seus passos ainda são indecisos.
Gostei muito do poema que propõe uma boa reflexão.
Feliz noite, meu abraço!
Boa tarde, amiga Edla!
Assim é estimada amiga. Todos nós, mais velhos, já passamos essa fase. E sabemos perfeitamente como as cabeças funcionam nessas alturas. Faz parte do crescimento do corpo e da consciência.
Muito obrigado, pelo gentil comentário.
Beijinhos e bom fim de semana!
Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.