O espelho caiu, partiu-se em dor,
não é mais inteiro, nem senhor do que viu.
A imagem plena se desfez —
mas ainda guarda um brilho abstrato.
Cada caco, um reflexo disperso,
um pedaço do céu, um verso reverso.
Não mostra tudo, mas mostra o que resta:
verdades partidas, beleza modesta.
Mesmo quebrado, ainda há fulgor,
a luz encontra frestas de amor.
não é mais inteiro, nem senhor do que viu.
A imagem plena se desfez —
mas ainda guarda um brilho abstrato.
Cada caco, um reflexo disperso,
um pedaço do céu, um verso reverso.
Não mostra tudo, mas mostra o que resta:
verdades partidas, beleza modesta.
Mesmo quebrado, ainda há fulgor,
a luz encontra frestas de amor.
Porque a beleza não está em ser inteiro,
mas nunca deixar de refletir luz.
Não somos inteiros, e tudo bem —
há força naquilo que vai e vem.
Pois mesmo em ruínas, há quem reluz:
somos espelhos quebrados,
refletindo a luz.
Não somos inteiros, e tudo bem —
há força naquilo que vai e vem.
Pois mesmo em ruínas, há quem reluz:
somos espelhos quebrados,
refletindo a luz.
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Autor:
Medusa (Pseudónimo (
Offline)
- Publicado: 27 de agosto de 2025 15:12
- Comentário do autor sobre o poema: A imagem do espelho quebrado como metáfora para a alma ou memória. A verdade mesmo que fragmentada é poderosa.
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 26
- Usuários favoritos deste poema: Melancolia..., Drica
Comentários2
Que beleza de escrita... Há uma profundidade serena nas suas palavras, como se cada verso fosse um caco de espelho que ainda carrega luz própria. É tocante lembrar que mesmo partidos, ainda refletimos — e talvez justamente por isso, com mais verdade e humanidade. Obrigado por essa reflexão tão sensível e luminosa.
Muito obrigada pela visita e palavras tão generosas e sensíveis. Seu comentário me abraça e me inspira a seguir escrevendo.
LINDO! GOSTEI! 🙂
Seu olhar generoso ilumina ainda mais o poema. Muito obrigada!
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