Teu gesto, como uma harpa em mãos sagradas,
Afinou meu desejo sem tocar meu corpo.
Um templo em silêncio, tuas curvas em oferenda,
E eu, pagão, rendido ao altar da tua nudez oculta.
A volúpia veio em ondas, como versos de Safo,
Cada carícia tua recitada em minha mente febril.
Minhas pupilas rasgaram véus de castidade
Enquanto teu busto florido brotava no ritmo do gozo.
És pintura em carne viva — um Botticelli em pecado,
Onde tua pele é tela e teus dedos, pincel em delírio.
Fui poema sem freio, respiração sem métrica,
Por ver teu prazer e querer ser o motivo.
-
Autor:
Versos Discretos (
Offline)
- Publicado: 26 de agosto de 2025 16:29
- Categoria: Erótico
- Visualizações: 5
Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.