Na calçada fria, a noite se arrasta, Ébano na pele, a dor nunca basta. Mãe solteira, sozinha na jornada, Carrega o peso de uma vida marcada.
Os olhares atravessam como facas afiadas, Sussurros de desprezo em vozes caladas. "Ela não é digna", pensam com aversão, Mas só ela conhece sua luta e sua ação.
Os filhos a puxam, pequenos sonhadores, Mas o mundo é cruel e esconde os amores. Na escola, um riso que corta como um dente, O preconceito grita: "Você não é decente!"
No lar onde o amor deveria ser abrigo, A falta de pão se torna um castigo. Cada lágrima caída é um grito silente, Por dignidade num mundo indiferente.
As paredes ecoam histórias de dor, Preto enfrenta tempestades sem temor. Com mãos calejadas e coração ferido, Ela ergue seus filhos num mundo perdido.
E ao se olhar no espelho, reflete a verdade: Uma guerreira em busca de liberdade. Na escuridão da noite, sua luz brilha intensa, Desafiando as pessoas com toda a crença.
Pois mesmo na sombra do preconceito voraz, Ser preto é ter força que nunca se desfaz. Em cada desgraça, uma semente brota, E sua história é um grito que nunca se nota.
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Autor:
d0n@☆ (Pseudónimo (
Offline)
- Publicado: 24 de agosto de 2025 11:53
- Categoria: SociopolÃtico
- Visualizações: 3
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