Semeio ao vento sonhos e poemas.
Sentado na soleira da minha varanda,
fantasio, vivencio, me iludo, pulso.
Deixo-me estar entre meus fantasmas...
Essa vida mecânica que levo, me aflige.
Carrego sonhos, me alimento desse pouco.
Sei que não virás acalentar-me neste inverno,
sei que passarei contemplando minhas cismas...
Fervilha em mim todas as lembranças corrosivas,
daqueles dias que te deixastes ficar na minha cama,
náufragos entre desejo, rebeldia e insensatez.
Daquelas horas de tênues luzes e sensações...
Sento-me à soleira da porta imaginando.
Ah, quantas resposta busco nessa vida!
Quantos desalentos me alimentam, sigo,
lembrando teu sorriso incandescente, repito.
Agora essas cismas, essas queixas e tua ausência.
Perdi-me entre tempos, invernos, solidão e tristeza.
Deixei-me ficar aqui divagando nesse frescor,
esperando que venhas inundar-me de momentos.
Nesses subterrâneos da minha vida, aprendi,
aprendi a esperar, a arquitetar nosso encontro,
buscando no enternecimento dos teus olhos,
olhos tantos, meu aconchego e meu sossego...
-
Autor:
JTNery (Pseudónimo (
Offline)
- Publicado: 24 de agosto de 2025 07:35
- Categoria: Reflexão
- Visualizações: 6
Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.