Humilha-te poder

Otavio

LEAR:

"Pobres nus despojados, onde quer que estejais, que afrontais as rajadas desta impiedosa tempestade de cabeça descoberta e de estômago vazio, como podem os vossos farrapos esburacados proteger-vos contra estas tormentas? Oh, bem pouco me tenho preocupado com isso!

Humilha-te poder, ousa sentir o que os pobres sentem, para que possas despojar-te do supérfluo e instaurar um pouco mais de justiça neste mundo."

(SHAKESPEARE, William. Rei Lear. Ato III, Cena 4. Ano:1606)

  • Autor: Otavio (Offline Offline)
  • Publicado: 22 de agosto de 2025 15:27
  • Comentário do autor sobre o poema: Eu quis compartilhar essa maravilhosa leitura de Shakespeare. No auge de sua loucura o Rei Lear atinge a mais alta sanidade e compreensão da condição humana e de sua própria condição. Lear é o cordeiro que foi imolado por conta das maldades de suas filhas. Segue Agnus Dei de Barber, lInda composição: https://www.youtube.com/watch?v=YVowLNuV4Zk Imagem: George Frederick Bensell
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 16
  • Usuários favoritos deste poema: Nalva Melo


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