O VENTO E O PENSAMENTO
Quem me dera que o vento
Que assopra por ai
Me trouxesse o pensamento
Do que pensas tu, de mim
Aplacasse o sofrimento
D'eu penar, pensando em ti
Que assopra por ai
Me trouxesse o pensamento
Do que pensas tu, de mim
Aplacasse o sofrimento
D'eu penar, pensando em ti
Diluisse, veemente,
Acalmando o torpor
Desse amor, que, indolente,
Já deixou de ser amor
Imaturo, adolescente,
Sobremodo detrator
Acalmando o torpor
Desse amor, que, indolente,
Já deixou de ser amor
Imaturo, adolescente,
Sobremodo detrator
Quando sopra seu cabelo
Ensaiando brincadeiras
Fio a fio á entretê-lo
Enrolando em fileiras
Lembra o vento e o gamelo
Em cirandas altaneiras
Ensaiando brincadeiras
Fio a fio á entretê-lo
Enrolando em fileiras
Lembra o vento e o gamelo
Em cirandas altaneiras
Se roçasse em teus ouvidos
O arilho que permeia,
Quais vigias, combalidos.
Em redor da minha aldeia,
Os meus ulos, incontidos,
O arilho que permeia,
Quais vigias, combalidos.
Em redor da minha aldeia,
Os meus ulos, incontidos,
Ais, lupinos, em lua cheia
Se o vento lhe dissesse
Que amargo a sentença
D'eu sofrer rezando prece
E colhendo indiferença
Como que se eu quisesse
Sofrimento e não querença
Que amargo a sentença
D'eu sofrer rezando prece
E colhendo indiferença
Como que se eu quisesse
Sofrimento e não querença
Mais veloz que esse vento
Que as tardes passa aqui
Pode ser meu pensamento
Toda vez que penso em ti
No entanto corre lento
Sem saber pra aonde ir
Que as tardes passa aqui
Pode ser meu pensamento
Toda vez que penso em ti
No entanto corre lento
Sem saber pra aonde ir
( Elfrans Silva )
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Autor:
Poeta por acaso (Pseudónimo (
Offline) - Publicado: 22 de agosto de 2025 12:58
- Categoria: Amor
- Visualizações: 6
Offline)
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