O Rei Lear

Otavio

Quando os pais alcançam uma idade

E os filhos julgam estar senil,

Surge a briga na hereditariedade,

Revelando do homem o que é vil.

 

Como um velho Lear que é esquecido

Na penumbra escura de um asilo;

O castigo por ter envelhecido,

A floresta fria de brancos lírios.

 

Ó tu, Gonerill, não tens paciência?

E tu, Regan, não o amas mais!

A prova, é falso o que declarais.

 

Voltai, ó doce Cordélia, voltai!

Silencio do amor que não declarais.

Verdadeiro amor do filho c'o pai.

 

21 agosto 2025

 

 

  • Autor: Otavio (Offline Offline)
  • Publicado: 21 de agosto de 2025 15:20
  • Comentário do autor sobre o poema: Um poema para ilustrar a situação dos pais que vão envelhecendo e a realidade do abandono por parte do filhos. Uma realidade hoje, os asilos e o abandono, o deserto. Imagem: Edwin Austen Abbey - Rei Lear , Ato I cena I
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 14
Comentários +

Comentários1

  • Edla Marinho

    Boa tarde, poeta Otávio.
    Embora triste pelo tema que é verdadeiro bem muitas famílias, o poema ficou lindo!
    Meu abraço!

    • Otavio

      Boa tarde, muito obrigado!
      É uma realidade muito dura mesmo, na maioria das vezes os pais ajudaram tanto os insensatos. Tive a oportunidade de conhecer um asilo e presenciar uma despedida, muito dramático. Vale a pena conhecer essa peça de Shakespeare.
      Um abraço,
      Otavio



    Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.