Lentamente

Drica

 

Vai me matando devagar, como se fosse um enforcamento
Lentamente imóvel e a corda me espentando, arranhando meu pescoço
Depois apertando, cortando... até sufocar e me matar lentamente
Lentamente, vagarosamente como doses homeopáticas
Diárias e com horários dessa lembrança temível
Essas memórias que dão ansiedade onde quer que eu esteja
Fazendo eu tomar ansiolíticos para eu não me enforcar de vez e não me suicidar.

Comentários +

Comentários5

  • Versos Discretos

    Teu poema é intenso e cru, um grito sufocado que traduz a dor com visceralidade; uma escrita que prende e aperta como a própria imagem que evocas.
    A força das tuas palavras transforma sofrimento em arte brutalmente honesta.

    • Drica

      Nossa.............. que elogio! rs

    • Otavio

      Força, poeta.

      • Drica

        Obrigada!

      • MAYK52

        Poema intenso e implacável. Onde o desespero emerge violentamente, do fundo do sentir.
        Onde a dor fustiga as nossas emoções.

        Gostei de ler este grito de desespero, numa bela obra poética.

        Beijinhos, amiga Drica.

        • Drica

          Muito obrigada, fiel poeta! Sempre lendo. ;P

        • Sergio Neves

          SERGIO NEVES - ...asfixiante! ...terminei a leitura sentindo eu todo esse "enforcamento", tal o tamanho da aflição que "gritas" nesses versos... /...mas, cá entre nós, tudo isso é por uma qualquer paixão? ...eita! ...o "negócio" é brabo! ...haja corda! /// Carinhos a ti, menina.

        • Shmuel

          A vida por vezes me assusta também! Mas se alguém me oferecer uma corda, com certeza vou pular.

          Abraços,



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