UM VULTO NO CAFÉ LITERÁRIO
Na tarde em que a saudade me invadia,
sentei-me só, num canto isolado e frio;
minha alma, ali, de tudo era vazia,
e se afogava o peito em mar sombrio...
Ela chegou, então — a luz do dia —,
e, parecendo um anjo em desvario,
me sussurrou a dura profecia:
“Jamais alguém te amará, eu te fio...”
Seu tom não foi de mal, nem de desdita,
mas sim de quem já viu além da vida,
e que da causa já conhece o efeito!
Passaram-se mil sóis na minha lida,
e se cumpriu, enfim, a dor predita:
Jamais um amor leal veio ao meu peito!
Nelson de Medeiros
23/07/2025
-
Autor:
Nelson de Medeiros (
Offline)
- Publicado: 14 de agosto de 2025 11:46
- Categoria: Amor
- Visualizações: 8
- Usuários favoritos deste poema: Otavio
Comentários1
Nossa, que poema profundo. O senhor está de parabéns!
Boa tarde, obrigado. ab
Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.