Inicialmente, sem rumo, parada diante do escuro, busco uma mínima faísca que me dê um mero deslumbre de força, que me faça acreditar que, um dia, poderei sair dessa rota.
No passado, já estive mais perdida. Recordo-me do mesmo poço, o mesmo gosto, a mesma cor.
No futuro, sei que verei as colinas enquanto me arrasto para fora desse calabouço… medonho, frio, vazio, mas extremamente necessário.
Esse e outros buracos moldaram meu caráter de certa forma; deram-me forças e, assustadoramente, também me tiraram todas elas.
Sei e entendo que nada é eterno. Assim como um dia você foi palpável, hoje é minha eterna lembrança favorita, vovó.
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Autor:
Rauhanny (Pseudónimo (
Offline)
- Publicado: 14 de agosto de 2025 02:55
- Comentário do autor sobre o poema: Em memória, Dona Maura.
- Categoria: Amor
- Visualizações: 10
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