Querida Vênus, ultimamente eu tenho te assistido
seu olhar vago e sua representação divina
Doce Vênus, você e Marte têm coexistido
sua leveza e beleza têm liberado toxina
encantada e sorridente tragédia, ultimamente tenho pressentido meu fim como Ofélia
Leve e confiante Vênus, você tem me assombrado
aura inteligente, postura doce e delicada
meus olhos e espelhos têm te procurado
seus cabelos escuros como o céu da madrugada
sua essência permanece no ar
eu tento, e tento não me importar
Bela Vênus, recentemente eu tenho sobrevivido
o Cavalo de Troia foi lançado adiante
Radiante Vênus, você e eu temos colidido
seus destroços são como poeira cintilante
assim como Cassandra, eu tentei avisar
recentemente, eu tenho tentado não te detestar
Meiga e repentina Vênus, Marte tem te observado
recentemente eu tenho perdido o controle
Preciosa Vênus, eu tenho te contaminado
meus elogios pra você são agridoce
ultimamente sua imagem surge de hora em hora
receio que eu tenha aberto a Caixa de Pandora.
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Autor:
João Pedro Gomes (
Offline)
- Publicado: 13 de agosto de 2025 00:50
- Comentário do autor sobre o poema: O poema “Vênus” fala sobre um triângulo afetivo simbólico, com referências a mitologia. O eu lírico sente atração por Marte, mas percebe que ele está encantado por Vênus. Essa situação desperta uma inveja sutil, quase disfarçada de admiração, que se mistura com frustração. As menções a Ofélia e Cassandra reforçam o tom de tragédia e inevitabilidade, enquanto a referência à Caixa de Pandora sugere que esse sentimento, uma vez despertado, não pode mais ser contido. A repetição do nome “Vênus” no início de cada estrofe enfatiza a presença constante dessa figura na mente do eu lírico, tornando o poema um retrato de fascínio e dor silenciosa.
- Categoria: Triste
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Comentários1
Que essa observação seja um motivo de reflexão.Lindo Poema
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