No silêncio das tardes derradeiras...

Thiago R

Vou levando meu leito dizia o velho,

E o poeta versos seguia tecendo,

Antigos escritos de um evangelho,

Na alma cerúlea foram florescendo...

 

Quantos pesares num caminho incerto,

Não há mais dobres de sinos ao vento,

Almas caminhando em um deserto,

Dessas almas num deserto o lamento.

 

Enclausuradas brumas como freiras,

No mosteiro celeste vão seguindo 

No silêncio das tardes derradeiras...

 

Vão seguindo das aves vossas árias,

Como o dia lento que vai partindo 

Envolto pelas flores mortuárias...

 

Thiago Rodrigues 

  • Autor: Thiago R (Offline Offline)
  • Publicado: 11 de agosto de 2025 20:34
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 31
  • Usuários favoritos deste poema: Otavio
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Comentários2

  • Edla Marinho

    Amante de sonetos que sou, como não admirar o teu, não é poeta!
    Estive afastada daqui por quase um ano, por isto só agora voltando a ler teus interessantes sonetos, dos quais sou sempre fã.
    Tenha uma excelente noite!
    Meu abraço.

    • Thiago R

      Grato pelo comentário, Edla! Desejo-te um bom dia!

    • Otavio

      Muito belo.

      • Thiago R

        Obrigado pelo comentário, Otavio!



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