I – Prelúdio
Teus gemidos surgem como notas tímidas,
um dedilhar suave no piano do meu ouvido;
minha boca pousa na pétala úmida da tua flor,
e o primeiro sopro teu é corda que vibra.
II – Andante Ardente
O compasso se alonga, tua voz se curva,
fazendo-se harpa em chamas sob meus lábios;
cada arquejo teu é pauta líquida que escorre,
guiando minha língua pela melodia do teu corpo.
III – Allegro Selvagem
Agora o teu canto sobe, rompendo as pausas,
como trompas e violinos em furor noturno;
teu quadril rege a orquestra, conduzindo minha fome,
e minha língua corre como arco louco sobre as cordas.
IV – Coda em Êxtase
O fortíssimo vem como sinos em colapso,
explodindo em luz e mares na minha boca;
teu último gemido ecoa, suspenso no ar,
uma nota eterna que me prende no silêncio do depois.
-
Autor:
Versos Discretos (
Offline)
- Publicado: 9 de agosto de 2025 09:36
- Categoria: Erótico
- Visualizações: 3
- Usuários favoritos deste poema: julia.matayoshi
Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.