Scott, o veterano de lua
Não é de madame, rejeitado
É de rua resgatado, e feroz mordia
Manejo com cuidado, ondas agressivas
Alerta se mantém, frente a ira
Sem se defender, do humano foi vítima.
Trauma de guerra, traumatismo craniano
De convulsões e espasmos, as sequelas
Mazelas, para o campo, esquecidas
Com o tempo, na cidade, revividas
Longe de mim, para melhor, e nem tanto
Sem condições, de hoje em diante um adeus, eu te amo.
Josh, o bebê, de chão o pano
Abandonado, encarcerado, ao relento
Abraçado, mesmo com incerteza, nomeado
Uma dupla, de irmãos, de amigos, de amores
A inocência, a atenção, as causas das dores
O primeiro instinto, o desenfrear da caçada.
Novamente contido, no campo da liberdade, restrito
Alvo da crueldade, frente ao velho de ferro, pleno
Protegido, por mim, por nós, vós agraciais com lambidos
A astúcia juvenil, a calmaria, em meio aos latidos
Do irmão sofrido, veterano querido, para sempre contigo
Aos pés da mangueira, no descanso eterno, que os receba.
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Autor:
Danyel Wolf (Pseudónimo (
Offline)
- Publicado: 8 de agosto de 2025 13:10
- Comentário do autor sobre o poema: A dor de amar seres vulneráveis. Não é só sobre "pets", é sobre companheiros de guerra.
- Categoria: Amor
- Visualizações: 11
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