? Poema: "O Relógio do Fim"
Autor: Cláudio Gia
Macau – RN, 05 de agosto de 2025
> Às 8h15, um sol de urânio rasgou o céu,
queimando a infância de Hiroshima.
Little Boy não era menino,
era um grito atômico sem rima.
Três dias depois, Nagasaki chorou
sob nuvens de fogo e silêncio.
A paz veio ao som do fim,
mas o mundo não aprendeu o começo.
Hoje o planeta repete a loucura,
Israel, Gaza, Irã, Ucrânia...
Quem com ferro fere, com drones termina
e a fome assina a sentença mais dura.
Os tambores da guerra são digitais,
mas o sangue ainda escorre real.
Fascistas levantam bandeiras mortais
enquanto a paz se torna marginal.
Bombas nucleares dormem em cofres,
guardadas por homens sem freio.
O Ocidente nega o espelho,
e o Oriente sangra sem socorro.
Brasil, gigante adormecido,
cercado por tarifas e ganância.
Entre bombas e bancos falidos,
a esperança vira só lembrança.
A pergunta que ecoa no tempo:
Se hoje o relógio marcasse o fim,
você lutaria por justiça e alimento
ou cairia de joelhos, enfim?
-
Autor:
Claudio Gia (Pseudónimo (
Offline)
- Publicado: 6 de agosto de 2025 13:48
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 11
Comentários1
As ogivas atômica dorme em silêncio, esperando as ispreta no movimento que pode acabar tudo em um segundo
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