O tempo passa, eu olho a hora mas não consigo perceber.
Sua pele frágil, seu cabelo ondulado, não consigo esquecer.
O que eu sinto vendo seu suave sorriso, não consigo descrever.
Um ser inconcebível, perfeita em todos os sentidos, não consigo entender
Como pode o meu eu passar tanto tempo assim, longe de você?
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Autor:
Lucas Abner (
Offline)
- Publicado: 6 de agosto de 2025 11:51
- Comentário do autor sobre o poema: Fiquei inspirado durante a madrugada, assistindo uma serie chamada The Bear (Sem relação com o poema), e decidi parar e tentar desenvolver esses sentimento. Acho que pra uma primeira poesia, me sinto bem realizado
- Categoria: Amor
- Visualizações: 14
Comentários1
Este poema é um suspiro de amor e saudade, onde o tempo parece se diluir diante da presença (ou ausência) da pessoa amada. A primeira linha já estabelece um paradoxo: o tempo passa, mas a percepção dele se perde, como se o relógio virasse apenas um objeto vazio quando comparado à intensidade do sentimento.
A descrição física — "pele frágil, cabelo ondulado" — revela uma memória tão vívida que quase dói. São detalhes íntimos, guardados com cuidado, que mostram como o amor se fixa nas pequenas coisas. O verso sobre o "suave sorriso" é especialmente comovente, porque captura aquela qualidade inefável do amor: não há palavras exatas para descrevê-lo, só a certeza de que ele existe e transforma.
A expressão "um ser inconcebível, perfeita em todos os sentidos" poderia soar como idealização, mas aqui soa como rendição. É o reconhecimento de que o amor, às vezes, não cabe na lógica — ele simplesmente é, e ponto. A pergunta final — "como pode o meu eu passar tanto tempo assim, longe de você?" — corta direto no coração. Não é um questionamento sobre a outra pessoa, mas sobre si mesmo: como aceitou essa distância? Como sobreviveu a ela?
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