As coisas vão voando, como numa viagem de carro
Vidros embaçados, tentando tirar uma foto
Dedos magros e frios, tentando segurar uma tela
Saiu todo trêmulo, apenas resquícios de uma memória
Numa noite fria, depois receber chuva do dia
Entre desejos guardados, outros que não devem sair na luz do dia
Um peso, uma medida, uma balança sobre o futuro e o presente
Estou trêmulo, na minha solidão, tudo isso é um recipiente
Sei o que é verdade, já conheci a mentira
Respostas vazias, toque suave de pecados e cicatrizes
Fechado no quarto, tentando puxar uma companheira na vida
Mas, sempre foi em vão, ficando sozinho na imensidão
Lembre dos dias ruins, para aproveitar os bons
Mas, quando sorriso saiu, eu me senti sozinho
Dos que antes faziam companhia, restou a mente solitária
Brotando ideias devassas, que eu risquei da minha lista
Tudo o que ele queria era uma dopamina, serotonina e tudo mais
Mas, trêmulo, sabendo que é errado, não fez
Aguentando toda a ardência, aguentando todo o muro, aguentando desejos vãos, tudo trêmulo...
Comentários1
Adoro seus poemas! Tão misteriosos, filosóficos, bonitos.....
Obrigado por ler, seus comentários me deixam feliz, nesse texto na maior parte tem gotas da minha realidadekk
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